Ações, Units e ETF's
Ações da Vale (VALE3) valorizam 2,55% com 2ª alta seguida do minério
Papéis da mineradora brasileira chegam a valer R$ 70,80, após o avanço de 7% do insumo siderúrgico
Pela segunda sessão seguida, as ações da Vale do Rio Doce (VALE3) exibem ganhos, mediante uma valorização de 2,55% a R$ 70,80, na manhã dessa segunda-feira (8). A trajetória positiva do papel decorre, sobretudo, da forte recuperação dos contratos futuros do minério de ferro – principal matéria-prima da companhia – que chegaram a US$ 105,70 a tonelada, com avanço de 7% na bolsa de Cingapura, uma das principais do mundo.
Já na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian, na China, o contrato de minério de ferro para setembro próximo valorizou 5% a 721,50 iuanes ou US$ 104,33 a tonelada, após ter atingido a mínima em cinco meses, na última sexta-feira (5).
Ao mesmo tempo, as siderúrgicas do distrito de Fengnan (Tangshan, principal centro produtor de aço da China) receberam determinação de Pequim para adotarem um ‘plano de produção anual razoável’ e a ‘fazer maiores esforços para limitar a produção’ deste ano a não mais do que o nível de 2022, conforme documento oficial do governo chinês, divulgado pela agência britânica Reuters.
Em consequência da maior preocupação dos investidores, com relação a um novo ‘aperto’ na oferta de aço, os contratos futuros foram ‘turbinados’ para cima, o que elevou os preços do minério de ferro.
O cenário mais propício ao insumo siderúrgico foi incentivado por uma expressiva contração do PMI industrial (indicador de preços da indústria local) da China, associado à uma ‘desaceleração’ do crescimento do setor de serviços chinês em abril último.
Para o diretor-gerente da Navigate Commodities, Atilla Widnell, “o decepcionante PMI de construção, manufatura e agora até mesmo de serviços terá causado sérias preocupações ao governo”.
O banco helvético Credit Suisse divulgou, na semana passada, a previsão de que a commodity poderá atingir US$ 120 a tonelada este ano, tendo em vista a previsão de que demanda por aço pela China tende a crescer gradualmente, a reboque da retomada dos investimentos do setor imobiliário do gigante asiático.
Na avaliação da consultoria Mysteel, os preços dos produtos siderúrgicos para construção civil na China poderão se estabilizar ou mesmo crescer neste mês, devido à previsão de que sejam promovidos novos cortes de produção nas siderúrgicas chinesas, os quais podem se prolongar por várias semanas”. Já o banco australiano ANZ previu que o minério pode alçar o piso de US$ 95 por tonelada em breve.
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