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Estável em março (+0,05%) e deflacionado em abril (-0,95%), IGP-M ‘tomba’ 1,13% em maio
Com a primeira prévia deste mês, ‘inflação do aluguel’ acumula deflação de 1,88% este ano
Depois de se aproximar da estabilidade em março (+0,05%) e recuar 0,95% em abril, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) – também chamado de inflação de aluguel – tombou numa deflação de 1,13%, na primeira prévia de maio, informou, nesta quarta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). Com o resultado, o indicador acumula recuo deflacionário de 1,88% e de -3,30% em 12 meses.
Indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) deflacionou 1,74%, ao passo que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M)avançou 0,64% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) cresceu 0,10%.
Com peso de 60% no índice geral, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) – que reflete a variação dos preços no atacado – já havia recuado 1,45% em abril e 0,12%, em março.
Ao responder por 30% do IGP-M, o IPC-M, antes do avanço de 0,64% na primeira leitura deste mês, registrara outra alta de 0,46% em abril, e aumento de 0,66% no mês anterior.
Segundo o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, “os preços de importantes commodities para o setor produtivo seguem em queda. Soja (-9,34%), milho (-4,33%) e minério de ferro (-4,41%) abrem espaço para descompressão dos custos de importantes segmentos varejistas favorecendo a chegada desses efeitos nos preços ao consumidor”,
Ao registrar deflação de 0,95% em abril, o IGP-M sofreu influência de reajustes de preços administrados, como gasolina (2,39%), energia (1,31%) e medicamentos (2,02%). Nesse período, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,23%, após subir 0,18% em março.
Ao apresentar estabilidade (0,05%) em março último, o índice geral contabilizara alta de 0,20% no ano e de 0,17% em 12 meses, ao passo que em igual mês de 2022, o IGP-M cresceu 1,74% e acumulara alta de 14,77% em 12 meses.
Na ocasião, Braz comentou que “o IGP-M acumulado em doze meses segue em desaceleração e registra a sua menor taxa desde fevereiro de 2018, quando apresentara queda de 0,42%. Os índices componentes do IGP-M também apresentaram desaceleração nas taxas interanuais. No mês de março, enquanto os índices ao produtor e da construção civil desaceleraram, a variação do IPC acelerou devido à volta da cobrança dos tributos federais sobre a gasolina, cujo preço subiu em média 6,52%”.
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