Economia
Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA aumentam 22 mil
Montante semanal de solicitações cresce de 246 mil para 264 mil, nível mais elevado em dois anos
Sinalização de que a economia ianque não vai tão bem assim é o avanço de 22 mil nos pedidos de auxílio-desemprego, na semana encerrada até o dia 6 deste mês, para 264 mil solicitações, ante as 246 mil da semana anterior, informou o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, ao admitir que o nível atual é o mais elevado, desde o final de 2021.
A tendência de aceleração da demanda por postos de trabalho na terra do Tio Sam pode ser atestada pelo número inferior de pedidos da semana concluída em 29 de abril, que não passaram de 12 mil.
Para analistas, a deterioração do mercado de trabalho estadunidense pode estar relacionada com o aperto monetário aplicado pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, a pretexto de combater a resiliente inflação local, assim como a suspeita de que a superpotência econômica poderia estar ingressando em uma fase de recessão.
A demanda aquecida pelo emprego na maior economia do planeta este mês ocorre após um breve período de estabilidade, que sucedeu as demissões em massa no setor de tecnologia, no final do ano passado. Outro setor afetado pelas dispensas foi o imobiliário, naturalmente sensível a altas nos juros.
De todo modo, a demanda por emprego ficou abaixo do patamar entre 270 mil e 300 mil, o que configuraria um cenário mais negativo para o emprego nos EUA, segundo economistas consultados pela agência de notícias britânica Reuters. Mesmo assim, a perspectiva é de que a busca por vagas deverá aumentar de forma considerável no segundo semestre deste ano, a reboque de efeitos cumulativos e defasados dos aumentos da taxa de juros pelo Fed.
Estudos locais mostram que a situação é ‘delicada’, pois cada desempregado tinha a possibilidade de pleitear 1,6 vaga, proporção bem superior à de um candidato para 1,2 vaga, mais compatível com um quadro em que o mercado de trabalho livre de pressões inflacionárias.
Após ter elevado, desde março do ano passado, em 500 pontos-base as taxas de juros ianques – que passaram de 5,0% para 5,25% – o Fed sinalizou que pretende interromper o ciclo de alta das taxas, o mais rápido já efetuado, desde a década de 1980.
Apesar da ‘promessa’ do Fed, a inflação local, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), registrou alta de 2,3% nos últimos 12 meses encerrados em abril deste ano, percentual inferior à expectativa do mercado, que esperava um avanço de 2,4%.

-
Bancos1 dia atrás
Crise à vista? Santander fecha agências e demite centenas de funcionários
-
Imposto de Renda - IRPF1 dia atrás
Nova tabela do Imposto de Renda é aprovada na Câmara e teto para isenção sobe
-
Tecnologia1 dia atrás
Seu PC virou uma ‘carroça’? Pode ser culpa da última atualização do Windows
-
Empresas22 horas atrás
Netflix por R$ 14,99? Veja quanto seria o valor da assinatura hoje, corrigido pela inflação
-
Empresas1 dia atrás
Por que o McDonald’s está sendo boicotado? Spoiler: motivo não envolve comida
-
Bancos2 dias atrás
Fim do papel? Banco do Brasil inova com comprovantes digitais via WhatsApp
-
Economia2 dias atrás
Quais empresas da Bolsa ganham mais com a mistura de combustíveis?
-
Tecnologia6 horas atrás
É propaganda enganosa? Imagens criadas por IA em anúncios do iFood geram debate