Mercado amplia estimativas para inflação em 2020 e 2021 e corta projeção para o câmbio

O relatório Focus divulgado nesta segunda-feira mostrou que o mercado aumentou sua projeção para a inflação em 2020 a nível que ronda o patamar mínimo do intervalo da meta do Banco Central, além de subir sua previsão para a inflação em 2021.

O IPCA esperado passou a ser de 2,47% este ano e de 3,02% em 2021, com base em média das projeções levantadas pelo BC junto a cerca de 100 instituições. Na previsão feita na semana passada, as estimativas eram de 2,12% e 3,00%, respectivamente.

O BC definiu com meta central para os dois períodos 4% e 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

Na última semana, o IBGE informou que o IPCA teve em setembro a maior alta para o mês em 17 anos, impulsionado pelo aumento do preço dos alimentos, o que provocou os ajustes feitos pelo mercado. O BC disse anteriormente que previa esse aumento e que ele não contaminaria a inflação do ano que vem.

Os investidores mantiveram sua estimativa para a Selic, prevendo que taxa básica será mantida em 2% até o final de 2020 e termine 2021 em 2,50%.

Também houve mudanças nas previsões dos economistas, que aumentaram a projeção para a taxa de câmbio no final deste ano para 5,30 reais por dólar, ante 5,25 reais na semana passada. Para o final do ano que vem, espera-se que o dólar encerre em 5,10 reais, mais do que os 5,00 reais esperados anteriormente.