Preço médio do etanol sobe em nove estados, cai em 12 e fica estável em quatro

Excluído do ‘pacote’ de reduções dos combustíveis, anunciado na semana passada pela Petrobras, o etanol hidratado apresentou variações distintas, segundo pesquisa realizada – de 14 a 20 de maio – pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), cujos preços médios subiram em nove estados, caíram em 12 e se mantiveram estáveis em quatro.

De acordo com o levantamento, o preço médio do biocombustível registrou queda de 2,44% na semana mencionada, recuando de R$ 4,09 para R$ 3,99 o litro.

Maior produtor nacional, mercado consumidor e com maior número de postos avaliados, São Paulo teve recuo de 3,02% no preço do etanol, que ‘encolheu’ de R$ 3,98 para R$ 3,86. Também no estado bandeirante é que se observou o preço mínimo do insumo, de R$ 3,09 o litro.

Já a maior alta percentual foi verificada em Alagoas, onde o litro do produto subiu 1,38%, passando, em média, de R$ 4,35 para R$ 4,41. Em contraponto, em Minas Gerais, o declínio foi de 3,47%, em que o biocombustível caiu de R$ 4,04 para R$ 3,90 o litro.

No ranking regional, o maior valor foi encontrado no Rio Grande do Sul, que chegou a R$ 6,29, ao passo que o menor preço médio estadual, de R$ 3,75, correspondeu ao estado de Mato Grosso, e o maior preço médio ocorreu no Amapá, com R$ 5,34 o litro.

No comparativo mensal, o preço médio do etanol no país exibiu elevação de 2,31%, de R$ 3,90 para R$ 3,99 o litro, enquanto o estado que revelou maior alta porcentual, na referida pesquisa, foi o Acre, com 9,66% de aumento no período, em que o litro subiu de R$ 4,35 para R$ 4,77 o litro. Ao mesmo tempo, a maior queda percentual pertenceu à Bahia, de 5,93%, de R$ 4,55 para R$ 4,28 o litro.

Quanto à competitividade do etanol em relação à gasolina, esta foi mais acentuada no Amazonas e em Mato Grosso. Nos demais estados, porém, o derivado do petróleo continuou mais competitivo que o biocombustível.

De acordo com cálculos de executivos do setor, o etanol passa a levar vantagem em relação à gasolina, mesmo com paridade superior a 70%, desde que condicionado ao tipo de biocombustível utilizado pelo veículo.