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Relíquia histórica: relógio que pertenceu a Pu Yi, o último imperador chinês, é vendido por valores exorbitantes em um leilão
Um relógio de pulso que pertenceu ao último imperador chinês é arrematado por um valor recorde, em um leilão realizado em Hong Kong.
O mercado de antiguidades é uma excelente fonte de dinheiro, e um item que, à primeira vista, não impressiona, pode chegar a altos valores em uma casa de leilão especializada.
Agora, as cifras costumam ser ainda mais generosas quando se trata de objetos que pertenceram a pessoas importantes, incluindo antigos reis e rainhas. Inclusive, esse foi o caso do qual iremos falar agora.
Sim, estamos falando de nada menos do que um relógio que pertenceu ao último imperador chinês, Pu Yi. O último líder monárquico do país asiático teve a sua história de vida imortalizada nas telonas, no filme “O Último Imperador”.
A adaptação cinematográfica foi um verdadeiro estouro de bilheterias, tendo arrecadado muito dinheiro na época em que foi exibida. Por sua vez, o dispositivo do verdadeiro governante foi arrematado por US$ 6,2 milhões, em um leilão em Hong Kong.
Como aconteceu a venda e quem adquiriu o objeto?
A peça foi comprada por um colecionador que mora ali mesmo na cidade, e todo o lance foi efetuado via telefone. O item imperial se trata de um relógio do modelo Patek Philippe, segundo a casa de leilões.
De acordo com o chefe de relógios do estabelecimento, Thomas Perazzi, esse foi um dos valores mais altos dados por um relógio de pulso que pertenceu ao antigo imperador.
Pois sim, ao todo, ele possuía 8 relógios da mesma marca, que lhes foram dados de presente por um intérprete russo quando Pu Yi fora aprisionado pelos soviéticos.
A história de vida do jovem imperador foi bastante trágica, já que ele foi o último governante da Dinastia Qing, tendo começado a reinar somente com 2 anos de idade.
O garoto acabou sofrendo muito durante o processo de ascensão ao trono, já que era apenas uma criança, e o país estava um verdadeiro caos, devido a vários anos de guerras, pressão ocidental e crises econômicas.
Ele subiu ao trono em 1906 e, após a derrocada do Japão na Segunda Guerra Mundial, em 1945, Pu Yi foi deposto e considerado um traidor por seu próprio povo, acusado de ajudar os japoneses.
Tendo sido capturado pelos comunistas no Aeroporto de Shenyang ao tentar deixar seu país, só restou ao rapaz se render. Posteriormente, cumpriu prisão em um velho campo de detenção em Khabarovsk, na Rússia, por 5 anos.
Libertado anos mais tarde, o outrora homem mais poderoso da China termina a sua vida como um simples jardineiro. Mas até hoje seus descendentes reclamam seus lugares de direito como os verdadeiros governantes da nação asiática.
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