Economia
Índice de Confiança do Consumidor atinge maior nível em sete meses
Melhoria de expectativa dos consumidores no curto prazo elevou ICC a 88,2 pontos
Maior nível em sete meses – só superado pela marca de 87,3 pontos, de outubro de 2022 – o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 1,4 ponto em maio, para 88,2 pontos, revelou, nesta quinta-feira (25), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV).
A performance favorável do indicador, segundo a fundação, decorre da melhoria de expectativas dos consumidores para os próximos meses, tendência igualmente verificada entre as faixas de renda, exceto para famílias de maior poder aquisitivo, para quem houve piora nas previsões, assinalou a economista do Ibre/FGV, Ana Carolina Gouveia,
Desse modo, a maior confiança em relação aos próximos meses esteve presente, em três das quatro faixas de renda em maio. Apenas os consumidores com renda superior a R$ 9.600,01 é que demonstraram maior incerteza com relação ao futuro.
Em decorrência da melhoria das perspectivas sobre as finanças familiares e da situação econômica local para os próximos meses, neste mês, houve avanço de 6,1 pontos entre os consumidores com renda familiar inferior a R$ 2.100, após um recuo de 7,9 pontos em abril. Ao mesmo tempo, consumidores com renda familiar entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 exibiram melhora da avaliação sobre a situação atual.
“O resultado pode estar associado à sensação de alívio da inflação no curto prazo, resiliência do mercado de trabalho e aumento do salário mínimo. Em paralelo, porém, o cenário de alto endividamento das famílias, crédito caro e incertezas econômicas ajudam a manter o indicador em patamar baixo e sensível a flutuações constantes, tornando difícil uma sinalização mais clara de uma recuperação sustentada da confiança”, avalia Anna Carolina.
Reforçam o bom momento, ainda, o avanço de 2,8 pontos, verificado no Índice de Expectativas (IE), que atingiu 100,4 pontos, o que corresponde ao melhor resultado, desde março de 2019 (101,1 pontos). Em contraste, o Índice de Situação Atual (ISA) baixou 0,8 ponto, para 71,3 pontos, depois de aumentar dois pontos em março e estabilizar em abril.
A melhoria das perspectivas para as finanças familiares nos próximos meses foi o quesito que melhor contribuiu para o ICC, com alta de 5,2 pontos, para 105,3 pontos, o que configura o melhor resultado desde janeiro de 2019 (108,7 pontos).
Já o indicador que afere o grau de otimismo com a situação econômica geral cresceu 3,7 pontos, para 116,1 pontos, após registrar estabilidade por dois meses, ao passo que a intenção de compras de bens duráveis recuou 0,6 ponto, para 79,9 pontos.
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