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Commodities

Grandes exportadoras de soja da Argentina já são impactadas por greve no setor

Trabalhadores iniciam o segundo dia de greve por tempo indeterminado deflagrada por questões salariais.

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A Federação Argentina de Trabalhadores de Oleaginosas informou nesta quarta-feira que entrou em seu segundo dia de greve por tempo indeterminado provocada por questões salariais, impactando atividades de esmagamento de soja de grandes exportadoras do setor de grãos como Cargill, Bunge, Glencore e Dreyfus.

Negociações obrigatórias para terminar as greves em indústrias nacionais essenciais são comumente determinadas pelo Ministério do Trabalho, mas até o momento não houve movimento do governo nesse sentido.

“Não esperamos nenhuma solução de curto prazo para a greve, a menos que o governo decida intervir”, afirmou Gustavo Idigoras, chefe da Câmara de exportadores de grãos Ciara-Cec.

De acordo com Idigoras, as demandas salariais dos trabalhadores estão baseadas em perspectivas de inflação exageradas.

“Nossos trabalhadores ganham salários acima da média da classe média na Argentina”, garantiu.

O sindicato dos trabalhadores do setor de oleaginosas representa os trabalhadores da indústria de esmagamento de soja em algumas regiões do centro de exportação de grãos de Rosário, mas não na parte norte de Rosário, onde ficam os importantes portos de Timbues, Puerto General San Martin e San Lorenzo.

Também houve impacto nos portos de Bahia Blanca e Necochea, situados na costa sul argentina.

A Argentina é o maior fornecedor mundial de farelo de soja usado na fabricação de ração animal, um grande exportador da oleaginosa e domicílio de algumas das maiores processadoras de soja do globo.

Outubro não costuma ser um mês movimentado para os embarques agrícolas no país sul-americano, uma vez que o plantio de soja está apenas começando, e os agricultores costumam manter estoques da safra anterior por causa das incertezas sobre o câmbio do país.

Os empregadores argentinos sofrem pressão para oferecer salários alinhados com a inflação, que o governo projeta que deve alcançar 29% em 2021, cenário que torna comum as greves no país.

A Argentina vive uma grave recessão e com os efeitos da pandemia de Covid-19, e por isso precisa muito dos montantes arrecadados com suas exportações.

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