Economia
IPC-S ‘perde tração’ e avança apenas 0,08% em maio
Indicador mostra desaceleração, no mês passado, ante elevação de 0,5% em abril
Depois de subir 0,5% em abril, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) perdeu ímpeto, avançando apenas 0,08% no mês passado, informou, nesta quinta-feira (1º) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Enquanto que na terceira quadrissemana de maio, o indicador havia registrado variação positiva de 3,39%, em 12 meses, este agora acumula alta de 3,01% e de 3,44%, em abril, pelo mesmo período.
O resultado de maio último ficou abaixo da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,20%, em que o teto e a mediana do levantamento foram estimados em 0,35%.
Das oito classes de despesas do indicador, seis apresentaram desaceleração, em maio, com destaque para o grupo Transportes (0,50% para -0,22%) – sob influência da deflação da gasolina (-0,26% para -1,97%) e passagem aérea (-13,96% para -17,91%); Educação, Leitura e Recreação (-2,57% para -3,37%), Alimentação (0,79% para 0,41%) – hortaliças e legumes (5,77% para 2,19%); Saúde e Cuidados Pessoais (1,20% para 0,73%) – higiene e cuidado pessoal (1,75% para 0,74%); Comunicação (0,74% para 0,22%) – tarifa de telefone móvel (2,07% para 0,62%) e Vestuário (0,61% para 0,46%) – cintos e bolsas (0,90% para -0,02%).
Ao mesmo tempo, tiveram avanços os grupos: Habitação (0,77% para 0,85%) – taxa de água e esgoto residencial (1,64% para 2,58%); Despesas Diversas (0,81% para 0,94%) – jogo lotérico (9,46% para 11,77%).
De forma isolada, exerceram pressões de queda sobre o IPC-S de maio, o óleo de soja (-4,88% para -8,14%), mamão papaya (-9,11% para -8,54%) e óleo diesel (-3,86% para -6,38%).
Em contraponto, a elevação do indicador foi influenciada pela taxa de água e esgoto residencial e jogo lotérico; tarifa de eletricidade residencial (1,06% para 1,28%), plano e seguro de saúde (1,06% para 1,05%) e tarifa de ônibus urbano (4,03% para 2,71%).
Já na terceira quadrissemana de maio, entre as capitais pesquisadas, o IPC-S desacelerou para 0,84%, ante a variação de 0,95%, registrada na segunda quadrissemana do mês passado. Redução menor teve Belo Horizonte, que recuou de 1,01% para 0,85%, no mesmo comparativo, e no Rio de Janeiro, que baixou de 0,39% para 0,17%, sem contar Salvador (de 0,92% para 0,70%); Brasília (de -0,14¨para -0,32%) e Porto Alegre (de 0,39% para 0,19%). Isso sem contar com o recuo da deflação em Recife, de -0,19%, na segunda quadrissemana, para -0,15% na terceira de maio.
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