Economia
Preço bomba: Será que carros populares elevam o valor dos combustíveis?
Entenda como o projeto de carros populares pode impactar os preços de combustíveis e outros fatores econômicos.
No final do mês passado (maio), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou o plano do governo federal para incentivar a indústria automotiva e trazer de volta os carros populares ao mercado brasileiro.
Após os anúncios, o projeto teve de ser analisado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para viabilizar a medida economicamente. Agora, esta semana, o governo deve redigir uma Medida Provisória para finalmente implementar a política.
De acordo com informações divulgadas pelo G1, Haddad poderá reonerar o diesel antes do previsto para tornar possível os descontos nos carros. A previsão era de que o combustível tivesse sua reoneração apenas em janeiro do próximo ano, mas isso pode acontecer já em setembro.
Caso a medida se torne verdadeira, os cofres públicos poderão arrecadar até R$ 3 bilhões, valor que equivale ao dobro necessário para arcar com a queda dos preços dos carros populares. O objetivo é de que o governo não precise conceder isenções tributárias às montadoras, como foi divulgado na intenção inicial do programa.
Preços dos combustíveis
Enquanto presidente, Jair Bolsonaro acabou com as alíquotas do PIS e Cofins para alguns combustíveis e produtos, sendo eles a gasolina, diesel, biodiesel, etanol, gás natural e gás de cozinha. Após o término de seu mandato, os impostos deveriam voltar ao normal no dia 1º de janeiro deste ano.
No entanto, Luiz Inácio Lula da Silva, ao assumir a chefia do Executivo Federal, editou uma Medida Provisória para que a oneração fosse mantida até 1º de março para a gasolina e o etanol, e 31 de dezembro para os outros combustíveis mencionados.
Já no final de fevereiro, Haddad anunciou uma reoneração parcial do etanol e da gasolina, por um prazo estabelecido de quatro meses. Naquele momento, o etanol subiu R$ 0,02 nas bombas, enquanto à gasolina foram acrescidos R$ 0,34. No entanto, essa nova MP é válida até o fim de junho, de modo que no dia 1º de julho os valores devem voltar à alíquota total.
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