Da cevada ao bolso: Entenda o que levou ao aumento de preços das cervejas famosas

Você gosta de tomar uma cervejinha gelada de vez em quando? Então, prepare o bolso, porque o preço da bebida deve subir nos próximos meses.

As principais cervejarias do país, Ambev e Heineken, já avisaram que não conseguem mais absorver o aumento dos custos de produção e que vão repassar parte dele aos consumidores.

Cervejas devem ficar mais caras em breve no país

Mas por que a cerveja está ficando mais cara? Segundo o Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja), há vários fatores que encarecem a fabricação da bebida.

Entre os principais motivos, estão a escassez de embalagens, a alta nos preços do malte e do lúpulo (insumos essenciais importados na maioria das vezes) e a elevação dos impostos do setor em alguns estados.

Além disso, a inflação medida pelo IPCA também afeta o preço da cerveja, que compõe o cálculo do índice. Segundo as empresas líderes do mercado, não há mais como adiar o reajuste.

De acordo com um estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), as cervejarias absorveram 52,8% do aumento dos custos de produção desde 2019 até o fim de 2022, e repassaram apenas 14% aos preços.

Isso significa que as margens de lucro estão cada vez mais apertadas, especialmente para as microcervejarias, muitas delas, inclusive, chegando a ter os lucros zerados nos últimos tempos.

O crescimento do mercado não deve parar

Apesar desse cenário desafiador, a expectativa é que a produção e o consumo de cerveja cresçam 4,5% neste ano, atingindo 16,5 bilhões de litros.

As marcas premium da Ambev e da Heineken são as que mais se destacam nesse segmento, com aumentos de 35% e 25%, respectivamente, no primeiro semestre.

E você, vai continuar tomando cerveja mesmo com o preço mais alto? Ou procurará outras opções de bebida? A única certeza é que os brasileiros dificilmente abrem mão de uma cervejinha no fim de semana.