Conecte-se conosco

Ações, Units e ETF's

Parecer negativo do Goldman Sachs interrompe alta do minério de ferro

Pessimismo do banco ianque em relação à recuperação chinesa provoca queda de quase 5% da commodity

Publicado

em

Ao colocar o ‘dedo na ferida’, o relatório explosivo do banco de investimentos dos EUA, Goldman Sachs (GS) – que aponta a fragilidade do mercado imobiliário da China como sério entrave ao crescimento econômico do país oriental – além de derrubar a trajetória de valorização (acumulada de 14%, das últimas nove sessões), inverteu o viés do minério de ferro, cuja cotação caiu forte, na sessão desta segunda-feira (12).

Como resultante, o contrato futuro do insumo siderúrgico, com vencimento de julho, na bolsa de Singapura apresentou queda de 4,8%, a US$ 107,20 a tonelada, ao passo que o similar mais negociado para setembro, na bolsa de Dalian (China) encerrou os negócios com recuo de 1,8% a US$ 109,96 a tonelada, ou a 785,50 iuanes.

De acordo com o site Bloomberg, a nota do GS foi ‘enfática’, ao atestar os reiterados problemas do setor imobiliário chinês, devido ao baixo índice de desenvolvimento de diversas cidades locais e às dificuldades de financiamento por parte de incorporadoras privadas do país oriental. A despeito de tais desafios, a instituição estadunidense admitiu que estaria ‘a caminho’ uma solução ‘em forma de acordo’ com o governo de Pequim, o qual poderá apresentar, em breve, ações que ajudem a recuperar tal mercado.

“Percebemos que alguns ‘bulls’ estão saindo, pois os investidores estão cautelosos em perseguir um rali como este”, observou o analista da China Industrial Futures, Wei Ying, ao prever que, “afinal, o mercado de minério de ferro terá um leve superávit no segundo semestre [2S23] e esperamos que os estoques nos portos chineses aumentem”.

O sinal de advertência do Goldman acabou reforçando alerta similar anterior, do Citigroup, que considerou ‘improvável’ uma grande retomada da demanda chinesa por aço, por conta da fraqueza do setor imobiliário do gigante asiático. Com base nessa constatação, o Citi reduziu, para US$ 100 por tonelada, sua previsão para o terceiro trimestre deste ano (3T23) e a US$ 90 para o último trimestre (4T23).

A estimativa do mercado é de que a produção diária de aço bruto da China deverá recuar para 2,94 milhões de toneladas, nesse início deste mês, o que representa baixa de 0,5% ante o final de maio e declínio de 1,6%, pelo comparativo anual.

Segundo o diretor-gerente da Navigate Commodities. Atilla Widnell, “há pouco [argumento] para sugerir que a atividade de construção e/ou manufatura chinesa se expandirá de forma robusta em breve, dado que levará tempo para que os estímulos micro-direcionados [por parte do governo de Pequim] colham os resultados desejados”.

Por fim, Widnell entende que a commodity deverá se manter ‘sustentada’, “à medida que as atenções se voltam para a decisão, na próxima quinta-feira (15), do Banco Central da China (PBOC), em relação à taxa de empréstimo de médio prazo, sobre a qual traders têm apostado em um corte de 2,75%.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

Publicidade

MAIS ACESSADAS