Carreira
Desigualdade salarial: A realidade brutal do serviço público!
O serviço público no Brasil é composto por uma grande variedade de carreiras, órgãos, poderes e níveis de governo. Essa heterogeneidade se reflete também nos salários pagos aos servidores públicos, que variam desde valores muito baixos até remunerações que beiram o teto constitucional.
Graças ao princípio da transparência, é possível saber quais são os salários-base e conferir a grande discrepância que existe entre eles. Inclusive, o próprio Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos publicou, no Diário Oficial da União (DOU), os valores, que não abrangem os benefícios ou adicionais, tratando apenas da remuneração básica.
Com base nessas informações, pudemos conferir a carreira pública com menor remuneração. Quem ocupa essa posição são os auxiliares de serviços diversos do Seguro Social, que recebem um salário de R$ 718,50 por mês. Esses profissionais desempenham funções básicas, porém fundamentais para o sistema de seguridade social nacional.
No lado oposto da balança, estão os auditores-fiscais do Trabalho e da Receita Federal, que recebem os maiores salários-base do funcionalismo público, recebendo nada menos do que R$ 29.790,95 por mês, o equivalente a mais de 41 vezes a remuneração dos auxiliares mencionados acima.
Esses servidores públicos com os maiores salários do Brasil são os responsáveis pela garantia da conformidade trabalhista e fiscal, responsabilidade essa crucial para a proteção dos direitos trabalhistas e para a arrecadação de impostos, o que acaba sendo refletido nas altas remunerações.
Como mencionado, esses valores não estão acrescidos das devidas gratificações, benefícios e adicionais, que podem aumentar ainda mais a remuneração dos servidores públicos. Alguns exemplos são o auxílio-alimentação, moradia, transporte, adicional de periculosidade, noturno, férias, o abono de permanência e outros.
Diante dessa disparidade exibida acima, muitas pessoas defendem ser preciso promover uma reforma administrativa, buscando reduzir as distorções e a abissal desigualdade salarial no próprio serviço público brasileiro.
Em contraponto a essa vertente, outras pessoas defendem que as remunerações estão de acordo com as responsabilidades de cada cargo. Uma coisa é certa: os servidores públicos exercem funções essenciais para o bem-estar da população, como os profissionais da educação, da saúde, da segurança e da assistência social.
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