Redução de juros pelo bc chinês ‘reativa’ alta do minério de ferro

A redução da taxa de empréstimo de curto prazo, em dez pontos-base, anunciada pelo banco central da China (PBOC) – agora para 1,9% – sem contar a injeção, pela instituição, de 2 bilhões de iuanes (US$ 279,97 milhões), por meio de títulos de curto prazo.

Devido a medidas de alívio monetário, anunciadas pelo governo de Pequim para incentivar a economia chinesa – a segunda maior do planeta e principal fabricante mundial de aço – além de ‘outra dúzia’ de medidas de apoio esperadas para recuperar o ‘combalido’ setor imobiliário do gigante asiático, foi retomado o viés positivo do minério de ferro.

Prova disso é que, na sessão desta terça-feira (13), o contrato da commodity na bolsa de Singapura, com vencimento para julho próximo, valorizou 2,69% a US$ 111,8 a tonelada, enquanto o similar para setembro, na bolsa de Dalian (China) avançou 0,69% a US$ 112,10 a tonelada.

Acompanhando a tendência positiva, os preços de ingredientes siderúrgicos, como o carvão metalúrgico e coque, saltaram 4,09% e 2,64%, respectivamente. Segundo analistas da Huatai Futures, em nota, “o recente aumento nos preços do aço ajudou a expandir as margens do aço e encorajou as siderúrgicas de alto-forno a reiniciar as operações”.

Embora tenha melhorado a expectativa dos investidores, a decisão monetária do bc chinês já havia sido assimilada pela maior parte do mercado. “A decisão do banco central de cortar a taxa não foi uma surpresa completa”, admitiu o estrategista-chefe de câmbio do Mizuho Bank, Ken Cheung, ao comentar, ainda, que “os bancos comerciais já reduziram as taxas de depósito, e o presidente do banco central, Yi Gang, também mencionou recentemente o fortalecimento do ajuste anticíclico”.

Ainda na avaliação de Cheung, o PBOC “pode ter buscado mitigar o impacto de qualquer afrouxamento futuro sobre o iuan antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, bc ianque) nesta semana.

Tais medidas tomadas pelo governo chinês fizeram com que o iuan atingisse a menor cotação em seis meses (7,1680 por dólar), ao passo que os rendimentos dos títulos de referência do governo chinês, com vencimento em dez anos,, recuaram à uma mínima, em sete meses e meio.