Soja retoma preço clima, enquanto o Brasil não o aproveita por câmbio e prêmios negativos

Feitas as correções baixistas da véspera, a soja volta a subir. Como não houve mudanças até agora nesta quinta (15), o movimento era esperado, como o foi a realização de lucros da quarta.

O cenário de clima errático nos Estados Unidos, reproduzindo as mesmas condições do mesmo período de 2022, oferece o suporte para o grão mais uma vez começar forte em Chicago.

No vencimento mais próximo, de julho, avança mais de 20 pontos, 1,44 %, a US$ 14,08 o bushel.

Não se tira do cenário o tamanho da safra por lá, grande, segundo os últimos informes do USDA, mas na medida em que o plantio praticamente está concluído – em ritmo muito acima do da safra 22/23 – e o clima segue adverso, cria condições para a reforço das cotações.

O mercado enxerga muita soja crescendo junto sob padrão chuvoso fraco, enquanto em outra realidade haveria oleaginosa em estágios diferentes.

Paira favoravelmente a decisão do banco central americano (Fed) de interromper as altas dos juros, em reunião de ontem, após um ao de aumentos seguidos.

Embora os mercados financeiros estão mistos nesta passagem dos juros futuros em baixa e o dólar index em alta – pela porta aberta pelo Fed para retomada dos juros no próximo encontro -, a decisão ajuda irrigar com pouco mais de recursos os mercados.

O problema para os exportadores brasileiros é que o dólar em viés de baixa torna o produto mais caro para os importadores, além do que os prêmios portos estão negativos, tendendo a piorar se as chuvas atrapalharem mais.

Há muita soja para sair e logo mais haverá a trombada inevitável com a safrinha de milho entrando, o que deixam os compradores confortáveis.