Ações do agro: frigoríficos em realização de lucros, sucroenergéticas divididas e SLC volta a subir

Em dia de vencimento de opções, o índice da B3 vinha sem direção definida, andando dos dois lados, mesmo após o IBC-Br (“PIB” do Banco Central) positivo no primeiro trimestre e resultado do IGP-10 em deflação mais robusta em junho. Também não acompanha as bolsas nos Estados Unidos.

Cada uma no seu quadrado setorial em questão aqui, sob influências de eventos extras – caso mais específico da SLC Agrícola -, à exceção das ações negociadas dos frigoríficos bovinos.

Frigoríficos

JBSS3 (JBS), MRFG3 (Marfrig) e BEEF3 (Minerva Foods) apontam para uma realização de lucros, após as últimas altas, movimento que ficou mais claro desde 1º de junho, como Capitalist apontou na quinta.

A tela da Bolsa mostra desconto de 1,98% (R$ 17,86) para o JBS, de 2,12% (R$ 7,86) para o Marfrig e de 1,16% (R$ 11,11) para o Minerva.

Mas segue o cenário positivo para os três grupos de carnes bovinas, porém. China acelerando as importações, boi ainda com preços bons para originação e ambiente mais positivo nos Estados Unidos com a parada nas altas de juros. Este último fundamento ajuda mais JBS e Marfrig com operações locais.

Sucroenergia

O setor sucroenergético amanheceu com a competitividade da gasolina pressionando o etanol. A Petrobras anunciou na véspera redução de mais de 4% no litro vendido à distribuidora, de modo que deverá ceder R$ 0,13.

Mais cedo parecia que o efeito manada entre os investidores prevaleceria com a venda de ações. Mas São Martinho passou a subir, apoiadas certamente no açúcar que o açúcar segue em alta no terminal de Nova York. Raízen também virou.

Raízen (RAIZ4): +0,25%, R$ 3,96; Cosan (CSAN3): -0,68%, R$ 17,59; São Martinho (SMTO3): +1,06%, R$ 37,20; e Jalles Machado (JALL3): -1,11%, R$ 8,04.

Commodities

A SLCE3 conseguiu uma recuperação na quinta e depois de permanecer em queda na manhã de hoje, passou às altas. após várias baixas seguidas. A SLC Agrícola recupera fôlego com a forte elevação da soja em Chicago.

Houve uma fuga de investidores mais cedo diante das informações de que o fundo de hedge Odey Asset Management, detentor de 9% de participação na companhia, está envolvido em um escândalo que resultou em saída de recursos.

A posição é relevante, mas o mercado trabalha com a atenuante que o Odey passará seus fundos para outras assets e se separará do sócio Crispin Odey, pivô da crise por suposta agressão e ataques sexistas a mulheres.

Nesta passagem da B3, a companhia brasileira, a maior do negócio com soja e algodão, salta 0,71%, a R$ 35,58.