Agro faz produtividade do país avançar no 1º trimestre

Levantamento do Instituto de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que o desempenho recorde do agronegócio, além de puxar o surpreendente avanço de 1,9% do PIB no primeiro trimestre, fez a produtividade brasileira registrar a primeira alta trimestral desde 2021 no período.

De acordo com a pesquisa, a métrica de horas efetivamente trabalhadas subiu 1,3% na comparação anual. Isso puxou a produtividade, que ainda estava pouco abaixo do patamar pré-covid, para um patamar 1,4% superior. Sem o crescimento extraordinário da produtividade agrícola, de 23,5%, o indicador teria caído 0,8%.

O ministro da Agriculta, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, afirmou recentemente que o Plano Safra 2023/2024 vai ficar acima de R$ 400 bilhões para custeio e financiamento da produção agropecuária.

“Acho que vai [ser superior a R$ 400 bilhões]. O que falta acertar, que são os últimos detalhes, são os prêmios para as boas práticas de sustentabilidade feitas pelos produtores brasileiros”, disse.

O plano vai ser anunciado pelo governo na próxima terça-feira (27), em cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Agro

Segundo o ministro, o governo pretende conceder benefícios a proprietários com inscrição ativa no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e adotar práticas de reflorestamento, por exemplo. No entanto, ainda falta a definição dos mecanismos.

Também disse que há previsão de recursos para investimento em armazenamento de grãos. “Será ampliada a linha de crédito para armazéns também”, disse, ao se referir às linhas de crédito criadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“As linhas [serão] dolarizadas, que são inovadoras porque os grãos, soja, milho e até trigo, são cotados em dólar, portanto não há risco cambial e a variação cambial não posta risco para as cooperativas tomar recursos do BNDES, com juros mais baratos que o Plano Safra”, declarou.