Estresse com Fed acentua as baixas gerais das commodities agro sob alguma pressão

Pode-se procurar fundamentos baixistas aqui e ali em algumas commodities agrícolas, e de fato alguns estão presentes, mas no estresse dos mercados financeiros está a razão das baixas generalizadas nesta hora do dia (23) nas bolsas de futuros de Chicago e Nova York.

Jerome Powell, chairman do Federal Reserve (Fed), voltou a mostrar que não está disposto a ceder nos juros dos Estados Unidos, no próximo encontro, ainda temeroso pela inflação de demanda ante o quadro de emprego robusto no país.

A China também embute preocupações com sua economia, mesmo com novo corte nos juros dos empréstimos de curto prazo.

Os recursos em fuga dos ativos de risco ficaram mais evidentes. E não apenas dos papéis das commodities minerais, como o petróleo (-1,43%), às 9h25 (Brasília), e outras, puxando as bolsas asiáticas, que fecharam em baixa. O petróleo perde 1,43%, a US$ 73 o barril do Brent.

Os pregões Europa também cedem.

No maior mercado financeiro global, o americano, os índices futuros de ações se desvalorizam, enquanto o dólar, comparado a uma cesta de moedas fortes, é mais procurado por ser um porto seguro. Avança 0,43%.

A soja, o milho e o trigo se mantêm em baixa, desde a realização de lucros da quinta, com certo apelo de melhores condições climáticas para os próximos dias.

No contrato julho, estão menos menos 1,55% (US$ 14,74), 3,08% (US$ 6) e 2,15 (US$ 7,23), respectivamente.

Café e açúcar também sentem uma pressão das origens, em relação às safras no Brasil, e tempo mais aberto para os trabalhos de campo e industriais.

O primeiro perde 2,90%, a 165,35 centavos de dólar por libra-peso, para setembro; o segundo em menos 1,81%, a 24,47c/lp, com vencimento no mês que vem.