Conecte-se conosco

Ações, Units e ETF's

Temor de recessão global em alta ‘detona’ juros futuros

Fragilidade econômica dos EUA e da Europa, além de novos apertos monetários, ‘derrubaram’ taxas futuras

Publicado

em

A ampliação do temor de uma recessão global, após a divulgação de dados fracos da atividade econômica nos Estados Unidos e na Europa e o decorrente reforço de aperto monetário, anunciado pelos respectivos bancos centrais, fez com que os juros futuros entrassem em ‘queda livre’ na sessão desta sexta-feira (23).

Como reflexo dessa tendência, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 recuou de 13,069%, no ajuste anterior, para 13,005%; a do DI para janeiro de 2025, passou de 11,13%, na véspera, para 11,01%; a do DI para janeiro de 2027 ‘encolheu’ de 10,50% ontem, para 10,395%, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2029 baixou de 10,78% para 10,67%. No cômputo semanal, as pontas curtas e intermediárias tiveram redução média em torno de 10 pontos-base, ao passo que as longas, caíram 20 pontos-base.

No plano interno, a redução das taxas futuras sofreu influência do impacto da decisão do Copom (que manteve a Selic nos mesmos 13,75% ao ano, atuais) nas, já tensas, relações entre o Planalto e a diretoria do Banco Central, o que se refletiu na agitação das mesas de renda fixa. De qualquer forma, o otimismo que cercou a tramitação da reforma tributária trouxe ‘alívio’ aos prêmios.

Igualmente tiveram influência nos juros futuros, o fechamento das curvas do papéis do Tesouro dos EUA (treasuries) e dos bônus europeus, após o anúncio de que os índices de gerentes de compras (PMIs) da Zona do euro, Reino Unidos e dos Estados Unidos frustraram a expectativa do mercado, alimentando a percepção de que a economia global poderá entrar em novo ciclo recessivo, sem contar a previsão, feita pelo bc ianque – o Federal Reserve (Fed) – de que aplicará mais dois aumentos de juros, até o final deste ano.

Em contrapartida, no front interno, a expectativa de que o Copom poderá iniciar a redução da Selic, a partir de agosto, animou o mercado local. Ao precificar a curva, não só a aposta de estabilidade da taxa básica em agosto deixou de existir, mas também foi substituída por outra, que estabelecia 20% de chance de um corte de 50 pontos-base (0,5 ponto percentual), em igual mês. Já outros apostavam que havia 80% de probabilidade de que a Selic poderá cair 25 pontos-base (0,25 ponto percentual). Se considerada a curva descrita ontem (22), é esperada uma Selic de 11,75% ao ano no final de 2023.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

Publicidade

MAIS ACESSADAS