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Ata do Copom admite ‘avaliação predominante’ para corte da Selic em agosto
Documento reitera a necessidade de ‘cautela e parcimônia’ para o cumprimento das metas de inflação
Sem confirmar diretamente a expectativa do mercado – como era de se esperar – a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira (27) indicou que, em sua última reunião (nos dias 20 e 21 deste mês), houve uma ‘avaliação predominante’ em torno de uma expectativa de maior confiança para que a queda da taxa básica de juros (Selic) seja iniciada, a partir de agosto próximo.
“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, assinala o trecho do documento da autoridade monetária. Desde agosto de 2022, mantida em 13,75% ao ano – maior desde janeiro de 2017 – a Selic ostenta o nada honroso título de juro mais elevado planeta, correspondente a uma taxa real de 8% ao ano.
Ao mesmo tempo, o Copom acentua que “os cortes de juros exigem confiança na trajetória de queda da inflação”, uma vez que “reduções prematuras podem implicar reacelerações do processo inflacionário”.
Ao salientarem que os ‘passos futuros’ da política monetária vão depender de fatores, como evolução, expectativas e projeções de inflação, os membros do colegiado formaram consenso de que o estágio atual do processo de desinflação ‘tende a ser mais lento’ e marcado pela ‘desancoragem de expectativas inflacionárias’, o que deverá requerer ‘cautela e parcimônia’, visando o cumprimento das metas de inflação, em que a manutenção da Selic (no nível atual) constitui a ferramenta adequada para a convergência da inflação (à citada meta).
No momento, a estimativa mais recente do boletim Focus é de que o IPCA – índice oficial de inflação – deva encerrar o ano em 5,06%, ainda acima do teto da meta de inflação, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,75%, com o centro da meta em 3,25% e piso da meta em 1,75%.
Parcela minoritária do comitê, porém, manifestou ‘cautela’ com relação à dinâmica de queda da inflação, que ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis (sujeita a oscilações que alternam altas com baixas), acrescentando que “a incerteza sobre o hiato do produto [capacidade de a economia crescer sem gerar inflação] abre margem para dúvidas sobre o impacto do aperto monetário [alta dos juros] até então implementado”.
“Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas [projeções de inflação do mercado para os próximos anos em linha com as metas] e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo”, destacou o comitê.
A ata revela, ainda, que os membros do colegiado foram unânimes em relação às condições para que os mencionados ‘passos futuros’ da política monetária (calibragem adequada dos juros para o combate da inflação) sejam dados:
- Da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica – isto é, do comportamento dos próximos resultados do IPCA.
- Das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo – ou seja, das projeções do mercado para a inflação.
- De suas projeções de inflação – das estimativas do próprio BC para o IPCA.
- Do hiato do produto – dos indicadores sobre a capacidade de crescimento da economia sem gerar inflação.
- Do balanço de riscos – dos índices que mostram que a inflação futura pode ser maior ou menor.

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