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Economia

IGP-M acentua deflação de maio (-1,84%), em junho (-1,93%)

Com esse resultado, a chamada ‘inflação do aluguel’ acumula recuo de 4,46% no ano

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Sinal de consolidação do processo deflacionário do indicador, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) – também chamado de ‘inflação de aluguel – acentuou a queda de 1,84% de maio, ao recuar 1,93% neste mês, informou, nesta quinta-feira (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o índice acumula deflação de 4,46% no ano e de 6,86% em 12 meses. Em igual mês de 2022, o IGP-M havia avançado 0,59% e acumulado uma inflação de 10,70% em 12 meses.

A queda dos preços dos combustíveis é apontada pelo coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), André Braz, como o principal fator para o declínio do indicador, com destaque para o recuo de 13,82% do preço do diesel, e de 11,69% do preço da gasolina.

“Afora tal contribuição, os preços de importantes commodities agropecuárias seguem em queda, como: milho (-14,85%) e bovinos (-6,55%). No âmbito do consumidor, índice que registrou queda de 0,25%, as principais contribuições partiram dos preços da gasolina (-3,00%) e dos automóveis novos (-3,76%). Na construção civil, o índice avançou 0,85% dada a influência dos preços da mão de obra, que registrou alta de 1,81%. Já a variação de materiais, equipamentos e serviços registrou queda de 0,09%”, assinalou Braz.

Responsável por 60% da composição do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desceu 2,73% este mês, pouco abaixo de 2,72%, em maio. Se considerado o estágio de processamento, o grupo Bens Finais recuou 1,22% em junho, ante uma deflação de 0,16%, no mês anterior. A maior influência para este resultado veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja deflação saltou de -1,27% para -10,56%, no mesmo comparativo mensal. O índice relativo a Bens Finais (ex) – que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo – aprofundou a queda de 0,09%, em maio, para 0,39% em junho.

Desempenho similar foi observado no grupo Bens Intermediários, que ampliou a queda de 1,49%, em maio, para 2,88%, em junho, ‘puxado’ pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que ‘despencou’ de -6,09% para -11,44%. Por seu turno, o índice de Bens Intermediários (ex) – decorrente da exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção – passou de 0,64%, em maio, para 1,39% em junho.

Já o estágio das Matérias-Primas Brutas recuou menos este mês (-4,10%) ante -6,48% registrados em maio, a reboque da variação dos seguintes itens: minério de ferro (-13,26% para -2,21%), soja em grão (-9,40% para -4,32%) e milho em grão (-15,64% para -14,85%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: leite in natura (3,92% para -4,51%), bovinos (-3,34% para -6,55%) e café em grão (-1,81% para -5,49%).

Com 30% de peso no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu menos em junho (-0,25%) do que em maio (-0,48%), sob influência do grupo Transportes, que passou de   0,50% para -1,68%, no mesmo comparativo mensal.

Com peso de 10% no índice geral, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,85% este mês, bem acima da alta de 0,40% em maio.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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