Dividendos: atenção para não cair na armadilha do dinheiro fácil

No mundo dos investimentos, muitas pessoas consideram que aplicar em ações que pagam muitos dividendos é a melhor estratégia para constituir a carteira e enriquecer rápido. Mas será se essa é uma estratégia correta e compensa ir em busca apenas dessa característica para escolha dos ativos?

Ao fazer a aquisição da ação de uma empresa, você está adquirindo uma fração dela e se tornando sócio do empreendimento. Assim, as operações que a companhia realizará serão com o intuito de obter lucros e o retorno será empregue para promover o crescimento dela ou ser distribuído entre os acionistas, por meio de dividendos. 

Em geral, os negócios bons pagadores de dividendos são aqueles que dispõem de estabilidade e costumam apresentar menor volatilidade. Os dividendos são descontados do valor da ação. Por exemplo, se ação custa R$ 20 e forem pagos R$ 2 de dividendos por ação, ao serem distribuídos os valores, a ação valerá R$ 18. Só que, geralmente, o ativo volta ao seu valor inicial rapidamente. 

E caso a empresa resolva não pagar os dividendos, mas reinvestir em si, não será ruim, já que com a expansão ela terá crescimento nas vendas e, por consequência, elevará o lucro. Assim, quanto maior lucro, proporcional será a cotação.

No entanto, não é totalmente negativo não receber dividendos. Por isso, é importante não considerar apenas o quanto vai receber da distribuição, para delimitar se um negócio é bom ou não. Não podemos negar que é necessário avaliar lucros, o percentual de endividamento, os valores que a empresa tem em caixa para pagar as dívidas e como está a gestão do negócio. Só que, mais relevante que receber dividendos é ter ciência sobre para onde está indo o seu dinheiro, possuir um plano para sua carteira e analisar se está alinhado com os objetivos e desejos de investidor.