Ações, Units e ETF's
Fundos de investimentos apuram o maior resgate em 20 anos no primeiro semestre
Migração em massa de investidor para a renda fixa, devido à alta da Selic, está na raiz da fuga de recursos
O maior resgate em duas décadas, somente no primeiro semestre deste ano (1S23). É o que apresentaram os fundos de investimentos nesse período, que registrou retiradas líquidas no montante de R$ 204,9 bilhões, o que já corresponde ao somatório de retiradas de todo o ano passado.
Para especialistas, tal movimento acentuado decorre, sobretudo, do aumento – de 2% ao ano (no início de 2021) para os atuais 13,75% ao ano, a título de combater a inflação – da taxa básica de juros (Selic), o que passou a deslocar um número crescente de investidores para o ‘porto seguro’ das aplicações de renda fixa, cujos títulos são isentos de Imposto de Renda (IR). Nesse caso, estão debêntures incentivadas e letras de câmbio de crédito do agronegócio e imobiliário (LCA e LCI).
A despeito da ‘debandada’ de investidores, a indústria dos fundos de investimentos cresceu 7,8% nos últimos 12 meses, contabilizando patrimônio líquido de R$ 7,7 trilhões.
Mesmo com a valorização de 20% do Ibovespa nos últimos três meses, como reflexo à perspectiva de iminente corte da Selic pelo Banco Central (BC), os investidores ainda não retornaram aos fundos de investimentos. Prova disso é que, somente em junho último, os fundos sofreram resgates líquidos de R$ 58,4 bilhões, pelo oitavo mês seguido.
A tendência negativa esteve presente em quase todas as classes, lideradas pelos fundos de renda fixa, com saídas líquidas de R$ 109,9 bilhões no 1S23, ao passo que nos fundos multimercados e de ações, os saques líquidos somaram R$ 53,6 bilhões e de R$ 38,5 bilhões, respectivamente.
De igual forma, os fundos de direitos creditórios (FIDCs) exibiram resgate líquido de R$ 7,5 bilhões), os fundos de previdência (R$ 3 bilhões) e os fundos cambiais (R$ 920,5 milhões). As únicas exceções ficaram por conta dos fundos de participações (FIPs) e os ETFs (fundos negociados em bolsa que acompanham um índice de mercado), com aplicações líquidas, de R$ 8,2 bilhões e de R$ 370,1 milhões, respectivamente.
Ante o desempenho adverso dos fundos, o vice-presidente da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) Pedro Rudge, ressaltou a ‘robustez’ patrimonial da indústria, em número de novas contas e gestoras. “As retiradas são consequência da aversão ao risco e da atratividade de alternativas que os investidores preferem com as condições macroeconômicas, como os títulos bancários, especialmente os isentos”, observou, ao concluir que “os investidores estão mais diversificando do que saindo totalmente dos fundos”.

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