Coentro: Odiado por alguns, amado por outros – A ciência por trás da aversão!

O coentro  é conhecido por ser um ingrediente polêmico, capaz de dividir as opiniões das pessoas. Enquanto alguns o consideram um tempero delicioso e indispensável em suas receitas, outros o evitam a todo custo, alegando que seu sabor é desagradável e até mesmo reminiscente de sabão. Mas qual a razão por trás desse contraste todo?

O professor de genética da Universidade de Chicago, Nicholas Eriksson, conduziu uma pesquisa inovadora, buscando entender essa aversão ao coentro. Seus estudos revelaram que a sensibilidade aos aldeídos químicos presentes na erva pode ser determinada pelos receptores olfativos de cada indivíduo.

Para o estudo, foram reunidos dois grupos, sendo que um deles era composto por pessoas que gostavam do coentro em suas refeições, enquanto o segundo grupo relatava sentir “sabor e o odor de sabão” ao ter contato com o polêmico tempero.

Essa diferença de percepção está diretamente ligada à genética de cada um. Certos genes podem influenciar a forma como o cérebro processa o sabor e o olfato dos alimentos, fazendo com que algumas pessoas sejam mais sensíveis aos compostos presentes no coentro, por exemplo.

Mesmo que ainda não exista um motivo exato comprovado para essa reação genética, como a probabilidade de herdar um gene favorável ou não favorável ao coentro, estamos falando sobre uma nova compreensão sobre a aversão ao tempero e aos demais sabores.

No entanto, se você simplesmente odeia o coentro, saiba que nem tudo está perdido. Isso porque, mesmo que a genética influencie bastante o paladar individual, é possível “treinar” essa percepção, assim como os degustadores de café e vinho, por exemplo, que treinam seus receptores gustativos por vários anos.

Esse tipo de treinamento é fundamental, já que a aversão a alguns sabores pode acabar deixando de fora da dieta alimentos extremamente benéficos, o que é prejudicial. Por isso, mesmo que você não seja o maior fã de alguma comida saudável, é indicado insistir, aos poucos, até que suas papilas passem a aceitar e apreciar o alimento.