Itaúsa rescinde acordo de acionistas com a XP; banco avança no Itaú Chile

A Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú (ITUB4) encerrou o acordo de acionistas com a XP (XPBR31) à medida que avança com planos de alienar sua participação na corretora, com os membros do conselho da XP indicados pela Itaúsa prontos para renunciar “no devido tempo”.

Ao mercado, destacou que a mudança permitirá que ela não marque mais seu investimento em XP por patrimônio, mas trate-o como “ativo financeiro mensurado pelo valor justo”, impactando positivamente seus resultados do terceiro trimestre em cerca de 860 milhões de reais.

Também disse que detém atualmente uma participação de 4,28% no capital da XP, mas está vendendo ações da empresa desde 2021. A empresa reiterou seus planos de continuar alienando ações da XP, por não considerá-la um ativo principal.

Itaúsa: Itaú Chile

Mais cedo a holding comunicou que o Itaú Unibanco passará a deter, direta ou indiretamente, 66,69% do capital social total do Banco Itaú Chile, após comprar 2.122.994 ações e 554.650 American Depositary Shares (equivalentes a 184.883 ações) de emissão do banco chileno e representativas de aproximadamente 1,07% do seu capital social total.

Os papéis foram adquiridos em ofertas públicas voluntárias realizadas concomitantemente no Chile e nos Estados Unidos entre os dias 06 de junho e 05 de julho de 2023.

Os acionistas aderentes das ofertas farão jus ao recebimento do montante total de 19.616.957.314,85 pesos chilenos na data da liquidação.

UBS

Na última semana o UBS BB elevou o preço-alvo para a Itaúsa em 8%, passando de R$ 12 para R$ 13. O papel negocia hoje a R$ 9,75.

Na oportunidade, disse que optou por revisar seu modelo de ‘soma das partes’ depois de elevar o preço-alvo do Itaú (para R$ 36) e da XP (para US$ 28).

“No preço atual, o retorno total da Itaúsa, incluindo o upside potencial e o dividend yield, é maior que o do Itaú. Vemos a Itaúsa como uma forma mais barata de investir no Itaú, especialmente em meio às incertezas relacionadas ao fim dos juros sobre o capital próprio,” escreveu o analista Thiago Batista.