Economia
Etanol vs. Gasolina: Descubra por que o Brasil ainda não abraçou o combustível 'puro'
A questão dos combustíveis é quase sempre um assunto polêmico no Brasil, seja por conta do preço cobrado do consumidor final, ou então devido às alterações na composição do produto, que podem ou não vir a prejudicar os motores dos veículos.
Atualmente, o Governo Federal está discutindo a possibilidade de aumentar para 30% a porcentagem de álcool anidro presente na composição da gasolina que é vendida nos postos. Desde 2015, essa porcentagem equivale a 27,5%.
Por sua vez, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em entrevista que o objetivo da mudança seria reduzir as emissões de gases nocivos para a atmosfera terrestre, o que causaria o efeito estufa, um fenômeno que contribui para o aquecimento excessivo do nosso planeta.
Além da questão ecológica, a medida também iria contribuir para a diminuição da quantidade de combustível importado pelo nosso país. Entretanto, especialistas em motores afirmam que a nova mistura pode prejudicar motores movidos a gasolina, ainda mais se forem de automóveis mais antigos.
Quais podem ser os efeitos nos motores da frota brasileira?
Ainda de acordo com experts do setor, os motores do tipo flex não devem apresentar problemas, entretanto, aqueles que se utilizam apenas de gasolina podem sofrer um aumento na corrosão, além de um maior desgaste nas áreas por onde o combustível circula, isso sem falar em dificuldades maiores do carro “pegar no tranco” pela manhã.
“Quem mais vai sofrer são os carros antigos que tem carburador. Quando eram feitos, eram 20% de álcool na gasolina, então não tem como corrigir sem regular o carburador”, revelou o responsável técnico da Scopino Auto Club, Pedro Luiz Scopino.
Além disso, os veículos acabarão gastando mais, uma vez que o álcool possui menor força combustível e é preciso uma maior quantidade para que ocorra a queima de ar dentro do motor, gerando gastos maiores para os condutores.
Mas, usar uma gasolina mais pura também não seria a solução ideal, pelo menos é o que dizem os mais entendidos no assunto. Afinal, isso faria com que os carros nacionais enfrentassem diversos problemas, uma vez que o álcool atua como inibidor de detonação.
“Antigamente era usado o enxofre, que é prejudicial à saúde, então temos o álcool, mas o ideal seria 20%”, disse novamente Pedro Scopino.
Por fim, sem a ação do inibidor de detonação, função essa protagonizada pelo etanol, os motores sofreriam o que os mecânicos chamam de “batida de pino“, que ao longo do tempo poderia danificar peças importantes, causando prejuízos enormes ao proprietário do carro.

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