Agronegócio
Pela primeira vez, em oito semanas, Focus interrompe queda do IPCA em 2023, que continua em 4,95%
Em contrapartida, ‘aposta’ do mercado financeiro para o PIB subiu de 2,19% para 2,24%; Selic continuou em 12% ao ano
Pela primeira vez, após uma sequência de oito quedas seguidas, o boletim Focus – consulta do Banco Central (BC) às 100 principais instituições financeiras do país – manteve em 4,95% a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação, para 2023, que permaneceu em 4,95%, o mesmo ocorrendo em relação ao que vem, que continuou em 3,92%. Para 2025, porém, houve ligeira queda, de 3,6% para 3,25%, mas ficou sem alteração para 2026, em 3,5%.
No que se refere aos preços administrados, contudo, a ‘aposta’ do mercado financeiro para o IPCA deste ano apresentou recuo, pela 11ª vez consecutiva, ao cair de 8,95% para 8,91%, o mesmo ocorrendo para 2024, ao ser reduzida de 4,50% para 4,47%, enquanto continuou em 4% para 2025 e caiu de 3,7% para 3,53% para 2026.
Em contrapartida, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano cresceu de 2,19% para 2,24%, assim como para 2024, ao passar de 1,28% para 1,30%. Para 2025, a estimativa cresceu de 1,80% para 1,88%, ao passo que para 2026, esta voltou a subir, de 1,88% para 1,90%.
No caso da taxa básica de juros (Selic), o Focus reiterou a projeção de encerrar o ano no patamar de 12% ao ano, o mesmo valendo para 2024, que deve ficar em 9,5%. Para os anos seguintes, a taxa permaneceu em 9% e 8,75%, respectivamente.
No plano cambial, a previsão do mercado financeiro é de que o dólar chegue ao final de 2023 cotado a R$ 5 (pela quarta semana seguida), ao passo que esta desceu de R$ 5,06 a R$ 5,05 para o ano seguinte. Para 2025 e 2026, foram mantidas a projeções anteriores, de R$ 5,15 e R$ 5,20, respectivamente.
No que toca ao desempenho das contas públicas, a estimativa de resultado primário manteve o déficit anterior, de -1% do PIB, como também para 2024, em -0,80% do PIB, em -0,50% do PIB para 2025 e em -0,30% do PIB para o ano seguinte.
Já o prognóstico para a dívida pública para 2023 apurou queda de 60,60% do PIB para 60,52% do PIB, mas se manteve em 64% do PIB para 2024. Entretanto, para 2025, este caiu de 65,85% do PIB para 65,60% do PIB, enquanto foi mantido em 67,45% para 2026.
As contas externas, todavia, tiveram melhora, uma vez que o superávit da balança comercial deste ano aumentou de US$ 64 bilhões, na semana passada, para US$ 65 bilhões. De modo semelhante, o mercado financeiro subiu, de US$ 57,85 bilhões para US$ 60 bilhões, a expectativa de superávit para 2024, e de US$ 55 bilhões para US$ 59,59 bilhões para o ano seguinte, enquanto recuou de US$ 54,4 bilhões para US$ 53,9 bilhões, a projeção para 2026.
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