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Exigência do Fed sobre bancos e tensão pela Selic promovem avanço dos juros futuros

Enquanto, na ponta curta, taxa futura avançou para 12,600%, na longa, esta passou a 10,61%

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A polêmica proposta do Federal Reserve (bc ianque), de ampliar as exigências de capital dos bancos detentores de ativos acima de US$ 100 bilhões – a título de ‘amparar o mercado financeiro estadunidense, em momentos de estresse – deflagrou a alta de 4% dos rendimentos dos papéis do Tesouro dos EUA (Treasuries), o que impulsionou o avanço dos juros futuros, em especial, de médio e longo prazos, na sessão desta quinta-feira (27).

No front interno, cresce a expectativa de analistas quanto à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à taxa básica de juros (Selic), na reunião da próxima semana, com predominância de apostas por um corte de 0,5 ponto percentual – para o patamar de 13,25% ao ano, já.

Refletindo tais fatores, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 subiu de 12,592%, no ajuste de ontem, para 12,600%; a taxa do DI para janeiro de 2025 cresceu de 10,57% para 10,63%; a do DI para janeiro de 2027 passou de 10,12% para 10,21%, e a do DI para janeiro de 2029 aumentou de 10,52% para 10,61%,

Para o economista do Banco Modal Rafael Rondinelli, “hoje estamos seguindo os Treasuries, que têm abertura forte em função do PIB dos Estados Unidos, condizente com a avaliação do Federal Reserve, ontem, de que não vê recessão no país”.

Segundo Rondinelli, a pressão sobre as taxas da B3 (B3SA3) – a bolsa brasileira – não foi tão intensa como na curva dos EUA, pois o Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, está prestes a iniciar o ciclo de quedas da Selic.

“O impacto aqui é menor, até porque as chances de uma redução de 0,5 ponto porcentual vêm crescendo”, comentou o economista do Banco Modal, para quem “lá [nos EUA] a atividade desacelera acelerando e aqui, os dados de atividade claramente mostram arrefecimento”, ao citar a queda de 2% do IBC-Br em maio e os dados de hoje do Caged, abaixo do consenso, de criação de 157.198 vagas, abaixo da mediana das estimativas (162 mil vagas).

A expansão da economia dos EUA no 2T23 superou o consenso do mercado, que esperava um aumento menor, entre 1,8%, de 2%. Na parte da tarde, a tensão tomou conta da sessão, por conta da reação negativa dos bancos à proposta do Fed de aumentar as exigências de capital, o que também teria aberto uma divergência entre os dirigentes da autoridade monetária. Para piorar a situação, o Banco do Japão (BoJ) deu sinais de que pretende ajustar sua política de controle da curva de juros.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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