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IGP-M ‘desacelera’, passando de -1,93%, em junho, para -0,72%, este mês
Com a variação negativa de julho, ‘inflação de aluguel’ acumula deflação de 5,15% no ano
Na quarta queda seguida, o IGP-M Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 0,72% em julho corrente, ‘desacelerando’ a deflação de 1,93%, registrada no mês anterior. Com mais essa retração, a ‘inflação do aluguel’ já acumula deflação de 5,15% no ano e de 7,72% em 12 meses.
A reiterada redução do indicador – calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) – acentua o processo de desinflação na economia nacional. Em contraste, em julho do ano passado, o índice acumulava inflação de 10,08% em 12 meses.
De maior peso ponderado (60%) na formação do índice geral, ao recuar 1,05%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o que mais pressionou o IGP-M no mês, após deflacionar 2,73% em junho. Levando em conta a análise por estágios de processamento, destaque para a redução de 1,06% do grupo Bens Finais, após cair 1,22%, de junho para julho.
A maior contribuição para o declínio, de -10,56% para -7,71%, do subgrupo combustíveis para o consumo, na passagem de junho para julho. Já o índice relativo a Bens Finais – que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo – encolheu 0,47%, ampliando a queda de 0,39% em junho.
No caso do grupo Bens Intermediários, a deflação desacelerou de 2,88% em junho para 1,19%, este mês, sob influência do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de -1,20% para -1,39%, no mesmo comparativo mensal.
O estágio das Matérias-Primas Brutas, por sua vez, saiu de -0,90% para -4,10%, respectivamente, de junho para julho, com contribuição da ‘suavização’ dos seguintes itens: minério de ferro (-2,21% para 2,96%), milho em grão (-14,85% para -4,95%) e soja em grão (-4,32% para 0,03%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: café em grão (-5,49% para -13,63%), cana-de-açúcar (1,34% para 0,11%) e algodão em caroço (-0,05% para -7,07%).
Para o coordenador da pesquisa, André Braz, “o IPA continua registrando deflação em seus principais grupos, movimento que permanece influenciando o resultado do IGP. No entanto, a intensidade destes movimentos está arrefecendo, pois importantes matérias-primas brutas começaram a registrar variações positivas ou menos negativas, como o minério de ferro (de -2,21% para 2,96%), os suínos (de -7,03% para 3,46%) e o milho (de -14,85% para -4,95%)”,
Contrariando a tendência deflacionária geral, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – com peso ponderado de 30% no IGP-M – subiu 0,11% este mês, depois de recuar 0,25%, no mês anterior. Neste caso, componente apresentou quatro das oito classes de despesas com elevação percentuais, com maior contribuição do grupo Transportes, que passou de -1,68% para 0,70%, em idêntico comparativo mensal, com destaque para o item gasolina, que saltou de uma deflação de -3% para uma inflação de 3,65%.
Com peso ponderado de 10% no índice geral, o INCC cresceu 0,06% em julho, depois de subir 0,85%, no mês anterior, em que seus três grupos exibiram variações distintas, no mesmo comparativo mensal: Materiais e Equipamentos (-0,15% para -0,26%), Serviços (0,18% para 0,77%) e Mão de Obra (1,81% para 0,38%).
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