Americanas encerra junho com caixa disponível final de R$ 1,4 bi; CPI hoje promete pegar fogo

A Americanas (AMER3), em recuperação judicial, encerrou o mês de junho com caixa disponível final R$ 1,464 bilhão, montante que é 28% menor que o saldo de julho de 2022.

De acordo com relatório divulgado nesta data, a dívida da empresa em junho em reais era de R$ 20,613 bilhões; em dólar, a dívida era de US$ 1,068 bilhão.

Esses dados não incluem o endividamento bancário associado ao risco sacado. O prazo médio dos produtos em estoque foi de 122 dias em junho, o que representa uma redução de 22,2% em relação a janeiro de 2023, tendo um impacto positivo no ciclo de caixa. Já o prazo de recebimento de clientes atingiu 37 dias em junho, representando redução de 17,23% em relação a janeiro.

CPI da Americanas (AMER3)

Já a Americanas (AMER3), agendada para esta data, promete pegar fogo, pois os parlamentares vão ouvir representantes das auditorias independentes, bem como deveria ouvir o ex-presidente Miguel Gutierrez.

Entretanto, Gutierrez protocolou um atestado médico por meio de seus advogados, para assim não ter que comparecer em Brasília.

Ele foi CEO da varejista por 20 anos e tinha uma porcentagem de ações recebidas como bônus por desempenho. Quando estava para deixar o cargo, vendeu os papéis e embolsou R$ 163 milhões.

Na sequência, deixou o Brasil e foi morar na Espanha. Também transferiu uma boa parcela de seus bens a familiares.

Outros executivos da gestão de Gutierrez fizeram o mesmo, transferindo bens para familiares e deixando o país.

Até a “inconsistência contábil” vir à tona, Gutierrez era o homem de confiança do trio da Gestora 3G, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Maior fraude

O caso Americanas deve se tornar, ao final das investigações, a maior fraude fiscal corporativa da história do Brasil.