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Riqueza em pedras antigas: É possível enriquecer vendendo fósseis?

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Geralmente, quando cientistas acabam encontrando fósseis antigos, a descoberta é motivo de grande comemoração. Afinal, não é todo dia que isso ocorre, e por meio desse tipo de achado é possível compreender mais sobre o passado da humanidade e do próprio planeta Terra.

Porém, nem sempre itens importantes são encontrados em escavações feitas por estudiosos da área. Na verdade, não é nada incomum que leigos encontrem artefatos de importância significativa, mas isso já aconteceu várias vezes.

Afinal, nada te impede de cavar um buraco no seu quintal e, se a sorte estiver a seu lado, acabar achando algum osso pertencente a uma espécie animal extinta há milhares de anos, já imaginou? Mas, se tal situação extremamente incomum acontecer, será que é possível vender o seu achado legalmente para quem pagar mais?

Uma questão para lá de delicada

Bem, a resposta para essa pergunta é um grande e sonoro NÃO! Aqui no Brasil, pelo menos, os fósseis são considerados propriedade da União, pela nossa lei atual. Dessa forma, a comercialização deste tipo de objeto não é permitida sob nenhuma hipótese.

Caso uma pessoa encontre algo relevante nesse sentido, deve imediatamente comunicar uma universidade ou órgão de pesquisa para relatar a sua descoberta. Uma vez que isso tenha sido feito, os paleontólogos vão analisar o local e atestarão se o item escavado trata-se mesmo de um artefato arqueológico e não uma ossada comum.

E, falando nisso, não é recomendado que um possível fóssil seja removido do local onde se encontra, pois ele pode sofrer danos e acabar simplesmente se desfazendo ou quebrando. Portanto, deixe o trabalho de remoção para quem realmente entende do assunto.

Infelizmente, apesar de ilegal, o comércio destes objetos históricos movimenta milhões de dólares nos mercados clandestinos ao redor do mundo. Principalmente em países onde há caos ou vulnerabilidade social, não é incomum ver esse tipo de comércio ser praticado muitas vezes à luz do dia.

Até mesmo na nação mais poderosa do mundo, os Estados Unidos, tal fato ocorre. Dependendo do estado norte-americano, as leis podem ser mais brandas sobre o tema e possibilitar que alguns fósseis sejam sim vendidos, comprados ou trocados.

Esse tipo de flexibilidade estimula que “caçadores de tesouros” se desloquem até cidades onde foram encontrados achados interessantes e tentem eles mesmos desenterrar algo de valor para posteriormente vender na internet por quantias absurdas.

Inclusive, o famoso jornal The New York Times fez uma reportagem na qual foi abordada a história de Peter Larson, um homem comum que vendeu um fóssil em um leilão por nada menos que R$ 8 milhões, em 1997. A peça tratava-se de um crânio bem preservado de T-Rex que ele havia encontrado.

E, é claro, o Brasil também já sofreu com situações semelhantes a essa. Em 1990, um crânio pertencente ao saurópode Irritator Challengeri foi transportado ilegalmente para a Alemanha, mais precisamente no Museu Estadual de História Natural de Stuttgart.

No local, o objeto foi estudado por pesquisadores alemães e franceses. Assim, em maio deste ano, foi publicado um artigo científico sobre o grande sáurio, revelando diversos detalhes sobre a sua biologia e morfologia. Porém, no mesmo texto os autores reconhecem que a origem do fóssil é um tanto quanto “incorreta”.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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