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Focus confirma ‘desaceleração lenta’ do IPCA para 2023: 4,84%
Mercado financeiro mantém previsão de indicador oficial de inflação para este ano
Coerente com a previsão feita, há poucas semanas, pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, a inflação tupiniquim se mantém em ‘lenta desaceleração’, como mostra o boletim Focus – consulta às 100 principais instituições financeiras do país – desta segunda-feira (7), que manteve, em 4,84%, a previsão de IPCA para 2023, da semana passada, e pouco reduziu à de 2024, de 3,89% para 3,88%. Para 2025 e 2026, a projeção continuou em 3,5%. Como resultante, a estimativa de inflação deste ano se mantém próxima, apenas, do teto da meta de inflação, de 4,75%, conforme foi fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Essa é a primeira consulta do BC ao mercado após a redução, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, da taxa básica de juros (Selic), de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano, agora projetada para 11,75% ao ano, e não mais em 12% ao ano, como na semana anterior. Para 2024, o indicador também recuou, de 9,25% ao ano para 9% ao ano, e de 8,75% para 8,50% em 2025, enquanto se manteve em 8,5% ao ano para 2026.
Também gradual foi a elevação da previsão do PIB para este ano, de 2,24% para 2,26%, enquanto a estimativa para 2024 permaneceu em 1,3%, continuou em 1,9% para 2025, mas subiu de 1,97% para 2% para o ano seguinte.
No plano cambial, a ‘aposta’ do mercado para o dólar recuou de uma cotação de R$ 4,91 para R$ 4,9, mas foram mantidas em R$ 5, R$ 5,08 e R$ 5,10 para os anos seguintes.
No que se refere às contas públicas, o Focus ampliou, de 60,40% do PIB para 60,60% do PIB a expectativa em relação à dívida líquida do setor público, assim como cresceu, de 63,90% do PIB para 64% do PIB, a projeção para 2024. Para 2023, foi mantido, em 1% do PIB, o déficit primário, em linha com o discurso do Ministério da Fazenda. Para o 2024, contudo, este continuou em 0,80% do PIB.
Já a previsão para o déficit nominal subiu de 7,45% do PIB para 7,48% do PIB, embora este seja inferior aos 7,7% do PIB, há um mês. Para o ano que vem, porém, o déficit nominal continuou em 6,9% do PIB.
No que tocas às contas externas, o superávit da balança comercial para 2023 deverá passar de US$ 66 bilhões para US$ 67 bilhões, ante US$ 64 bilhões, há quatro semanas, enquanto permaneceu em US$ 60 bilhões para 2024, ante US$ 57,85 bilhões, há um mês.
O ingresso de Investimento Direto no País (IDP) – cuja previsão é considerada mais do que suficiente para cobrir o ‘rombo’ das transações correntes nacionais – se manteve em US$ 80 bilhões para 2023, pouco acima da projeção de US$ 79,50 bilhões, há um mês, ao passo o IDP para 2024 também foi mantido em US$ 80,00 bilhões.
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