Commodities
Novas projeções e cortes de produção ‘aquecem’ cotações do petróleo
Enquanto o WTI valorizou 1,19% a US$ 82,92 o barril, o Brent subiu 0,97% a US$ 86,17 o barril
A nova projeção de alta para a commodity – feita pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos – aliada à redução de oferta decorrente dos cortes de produção anunciados pelos maiores produtores mundiais Arábia Saudita e Rússia, ‘aqueceram’ as cotações futuras do petróleo, na sessão desta terça-feira (8).
‘Espelhando’ tal cenário, o tipo WTI (referência ianque) para setembro encerrou as negociações no New York Mercantile Exchange (Nymex), com alta de 1,19% (+US$ 0,98) a US$ 82,92 o barril – maior cotação desde 12 de abril, quando chegou a US$ 83,26 – ao passo que o tipo Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,97% (+US$ 0,83), a US$ 86,17 o barril.
Entre os fatores para a ascensão do insumo energético, o destaque coube ao anúncio do DoE, que resolveu aumentar a previsão para o preço do barril do tipo Brent, referente ao segundo semestre deste ano, de US$ 79 para US$ 86.
Ao observar que o mercado “dá sinais de estar muito mais apertado” [de oferta], o analista da Oanda, Edward Moya, entende que as ‘perspectivas econômicas’ estão um pouco melhores, com a proximidade do fim dos ciclos de aperto dos bancos centrais. “Claramente, os cortes da Arábia Saudita e da Rússia estão funcionando, somados aos implementados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no ano passado”, afirmou.
Sob o argumento de que “os riscos na oferta de energia estão chegando aos maiores níveis, desde o início da guerra na Ucrânia, mediante o aperto proposital (via cortes de produção russas e sauditas) o TD Securities previu “que tal restrição, em especial, nos mercados de petróleo bruto, tende a se manter nessa trajetória”.
Em contraponto, a informação de que a balança comercial da China (maior consumidora mundial da commodity) apresentou recuo, tanto das importações, quanto das exportações, exerceu pressão de baixa sobre as cotações do item, que chegaram a cair 2%, no início da sessão. Apesar da fraqueza das importações chinesas, a Capital Economics lançou o argumento de que o “aumento da aviação internacional para a China apoiará a demanda doméstica de petróleo neste ano”.
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