Economia
Após cinco quedas seguidas, IGP-DI sobe 0,05% em agosto
Como resultante, indicador inflacionário acumula deflação de 5,3% no ano e de 6,91% em 12 meses
Após cinco meses seguidos de deflação, o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) voltou a subir 0,05% em agosto último, mas ainda acumula variação negativa de 5,30% no ano e de -6,91% em 12 meses, divulgou, nesta quarta-feira (6) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O viés positivo do indicador já vinha se acentuando, desde maio deste ano, quando saiu de uma deflação 2,33%, passou para -1,45% em junho, encolhendo para -0,40% em julho. Já em agosto do ano passado, embora tivesse deflacionado 0,55%, o índice acumulava elevação de 8,67% em 12 meses.
Para o resultado do IGP-DI do mês passado, tanto nos segmentos de atacado (IPA), como do consumidor (IPC), o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz aponta como ‘vilões’ os combustíveis e os alimentos.
“O reajuste dos preços do diesel (de 0,00% para 13,29%) e da gasolina (de -7,46% para 8,36%) permitiram que o índice ao produtor registrasse aceleração, passando de -0,61% para 0,10%. No âmbito do consumidor, a queda mais acentuada do grupo alimentação (de -0,36% para -0,84%) fez com que o índice voltasse a registrar deflação”, comentou Braz.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 0,10% em agosto, após subir 0,61% no mês anterior. Por análise de estágios de processamento, os Bens Finais ‘subiram’ de -1,11% em julho para -0,22% em agosto, sob influência do subgrupo combustíveis para o consumo, que saiu de uma deflação forte, de -6,76%, para uma inflação expressiva de 5,25%. Já o índice de Bens Finais (ex) – que exclui alimentos in natura e combustíveis para o consumo – recuou 0,31% em agosto, menos do que -0,42% em julho.
Ao mesmo tempo, a taxa do grupo de Bens Intermediários reverteu a deflação de 0,60% de julho, para uma inflação de 0,58% no mês passado, a reboque do salto, de 1,24% para 10,61% do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção. Se excluído este subgrupo, os Bens Intermediários ‘aprofundaram’ a queda de 0,88% de julho, para -1,01%, em agosto.
Para o avanço de -0,08% para -0,11%, na passagem de julho a agosto, do estágio das Matérias-Primas Brutas contribuíram: bovinos (1,71% para -5,35%), minério de ferro (1,95% para 0,19%) e suínos (4,79% para -0,79%). No polo inverso, tiveram alta: café em grão (-11,26% para -1,30%), mandioca/aipim (-7,48% para 3,13%) e arroz em casca (0,71% para 6,33%).
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que subiu de 0,07% em julho para 0,22% em agosto, cinco das oito classes de despesa recuaram: Educação, Leitura e Recreação (1,33% para -2,76%), Transportes (1,07% para 0,39%), Alimentação (-0,36% para -0,84%), Despesas Diversas (0,48% para -0,06%) e Comunicação (0,04% para 0,03%).
Com o avanço do Índice Nacional da Construção Civil (INCC) subiu de 0,10% em julho, para 0,17%, no mês passado, seus três grupos componentes tiveram alta: Materiais e Equipamentos (-0,28% para -0,18%), Serviços (0,85% para 0,25%) e Mão de Obra (0,50% para 0,61%).
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