Cesta básica recua em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

Em mais uma sinalização de perda de ‘tração’ da inflação, o preço da cesta básica apresentou, em agosto último, queda em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com destaque para os maiores declínios, verificados em Natal (-5,2%); Salvador (-3,3%); Fortaleza (-2,8%); João Pessoa e São Paulo (-2,7%). A única exceção coube a Brasília (0,3%).

No que se refere ao custo da cesta, a mais cara foi encontrada em Porto Alegre (R$ 760,59), seguida de São Paulo (R$ 748,47); Florianópolis (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 722,78). Em contraponto, os menores valores corresponderam às cidades de Aracaju (R$ 542,67); João Pessoa (R$ 565,07) e Salvador (R$ 575,81).

No comparativo entre agosto e igual mês do ano passado, a queda foi menor, em apenas nove, das 17 capitais pesquisadas, com variação mínima de 0,08%, em Curitiba, à máxima, de 5,24% em Vitória. Também avançaram: Fortaleza (2,50%; Porto Alegre (1,67%) e Belo Horizonte (1,23%).

Considerando o período de janeiro a agosto deste ano, o custo da cesta básica recuou em 12 capitais, em que as maiores variações ocorreram em Vitória (-9,32%); Goiânia (-8,96%); Belo Horizonte (-7,22%) e Campo Grande (-7,06%), em contraste as maiores elevações foram registradas em Aracaju (4,15%) e Recife (2,77%).

De acordo com o princípio constitucional, de que deve ser suficiente para suprir as despesas da família de um trabalhador com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário mínimo, segundo o Dieese, deveria ser hoje de R$ 6.389,72, ou 4,84 vezes superior ao mínimo atual, de R$ 1.320.

Entre os campeões de deflação da cesta, se destacam itens, como o leite integral, batata e feijão carioquinha, que subiram em todas as 17 capitais e em todas as regiões do país. Já o feijão preto reduziu o valor em três das cinco capitais pesquisadas, ao passo que a carne bovina e o tomate baixaram de preço em 14 das 17 capitais.  Item essencial no café do brasileiro, o pão francês aumentou de valor em 11 das 17 capitais, assim como o do arroz agulhinha, em 12 das 17 capitais pesquisadas.