Educação
Por trás da síndrome do filho do meio: como a ordem de nascimento influencia quem você é
Ser o filho do meio sempre trouxe uma série de estereótipos, mas será que a ordem de nascimento realmente molda nossa personalidade? Descubra o que a ciência tem a dizer sobre isso.
A ordem de nascimento em uma família sempre foi objeto de curiosidade e especulação quando se trata de como ela pode influenciar a personalidade de uma pessoa. Um dos estereótipos mais conhecidos é o da “síndrome do filho do meio”. Será que essa teoria tem algum fundamento científico?
Afinal, por não ser o primeiro nem o último, o filho do meio não é o mais mimado pelos pais, como o mais novo, nem recebe toda a quantidade e qualidade de atenção que o mais velho tem. Isso é, pelo menos com base no estereótipo, o filho do meio acaba sendo “abandonado” quando comparado aos irmãos.
Acontece que esse abandono — não literal, na maioria das vezes — pode trazer também muito mais liberdade ao filho, que pode ser ou não bem aproveitada. Por isso, os filhos do meio são constantemente vistos como os mais problemáticos, já que tiveram menos regras e menos atenção sobre eles.
A ‘síndrome do filho do meio’ realmente existe?
Imagem: WordPress
O que existe é uma teoria da ordem de nascimento, que sugere que o lugar que cada um dos irmãos ocupa realmente pode afetar a personalidade deles e, consequentemente, a vida adulta. Por não receberem a mesma atenção e mimos dos outros filhos, os irmãos do meio podem realmente sofrer da ‘síndrome do filho do meio’.
Quando pensamos em uma família com três filhos, o mais velho tende a ser o que mais ajuda a cuidar dos outros, o mais novo costuma ser o mais mimado, e o do meio, normalmente, é o mais rebelde, com mais reclamações e o que se sente mais deixado de lado.
Essas diferenças, segundo estudos e especialistas, não são percebidas ainda durante a infância, mas apenas depois, quando estão mais velhos e capazes de compreender que realmente existe uma discrepância no tratamento e afins.
Nem tudo é trauma
É importante ressaltar que, por mais que o filho do meio acabe sendo mais rebelde que os demais, nem tudo é negativo nesse aspecto. Por exemplo, os irmãos do meio costumam depender menos dos pais, mas não necessariamente se importam menos com eles.
Além disso, por conta da idade entre irmãos, é mais fácil para que o filho do meio estabeleça vínculos fortes e significativos tanto com o mais novo quanto com o mais velho. Outros pontos positivos dessa figura são:
- Maior independência no geral;
- Menos necessidade de apoio ou afirmação de terceiros;
- Mais habilidades sociais.
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