Fundos de investimentos ‘embolsam’ Copel após privatização

A maior parte das ações da Copel (CPLE6) após a privatização ficou com fundos de investimentos, informou a companhia ao mercado.

De acordo com a empresa, os fundos ficaram com 52,2% das ações ofertadas e em seguida vieram investidores estrangeiros, com 44,36% das ações.

Vale lembrar que a oferta da Copel levantou R$ 4,5 bilhões sem considerar lotes extras, e as ações foram precificadas em R$ 8,25%.

Já o Governo do Paraná arrecadou R$ 3,1 bilhões com a venda de ações da Copel na Bolsa de Valores, em São Paulo.

Além disso, em 11 de agosto o Executivo já tinha recebido R$ 2,6 bilhões por parte das ações que vendeu da companhia de energia.

Levantamento do G1 aponta que o valor está aplicado em um fundo de investimento de renda fixa que o Governo do Paraná tem junto ao Banco do Brasil, banco oficial do estado.

Por volta das 11h21 a ação CPLE6 subia 1,88%, cotada a R$ 8,65.

Quando societário da Copel, agora

No novo quadro societário, a maior parte dos acionistas tem menos de 5% de ações preferenciais ordinárias. E nesse caso a CVM não obriga a empresa a revelar seus nomes.

No caso da Copel, os sócios “ocultos” correspondem a 52% das ações ordinárias (que dão direito a voto) e a 51% das preferenciais (que dão direito a dividendos). Esses números se referem apenas a pessoas jurídicas.

Apesar de a operação de venda para conversão da Copel em “corporação” permitir a participação de pessoas físicas, a quantidade de ações nas mãos de investidores individuais segue marginal, com cerca de 0,3% de ações ordinárias e 0,3% de ações preferenciais.

As informações foram divulgadas em primeira mão pelo G1. De acordo com os dados da CVM, o Governo do Paraná agora tem 32% das ações ordinárias e 6,8% das preferenciais. O segundo maior acionista é o BNDES, com 10% das ações ordinárias e 31% das preferenciais.