Agronegócio
Calor e seca extremos na Europa deixaram o tempero da salada mais caro no Brasil
Cultura perene, oliveiras europeias deverão seguir sentindo a baixa produção diante do calor no último verão
O dólar no Brasil tem ficado na banda dos R$ 4,90 a R$ 5 há muito tempo, mas o azeite de oliva que chega na gôndola dos supermercados explodiu de preços.
Marcas mais comuns, inclusive aquelas de mistura duvidosa entre azeitonas de primeira e de categorias mais baixas – vendidas como extra-virgem -, estão chegando a cerca de até R$ 10 acima da média que se via há algumas semanas, que era em torno de R$ 25.
A seca e calor extremos na Europa são as responsáveis.
A produção encurtou demasiadamente e a oferta disputada mundialmente caiu, com a consequente valorização do produto.
Só a Espanha, que junto de Portugal escoa a maior parte do consumo mundial, viu sua oferta cair de 1,5 milhão de toneladas para 680 mil/t este ano.
O Brasil, terceiro importador global, vai ter que se acostumar, porque o cenário vai se prolongar, uma vez que as temperaturas do verão passado seguirão abatendo o florescimento das oliveiras.
E a torcida fica, agora, para que o dólar caia, diminuindo os valores cambiais na importação.
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