Economia
Déficit do balanço de pagamentos chega a US$ 778 milhões em agosto
Resultado é o melhor para o mês, em três anos; superávit comercial soma US$ 7,618 bilhão
Atestado de recuperação do desempenho externo brasileiro, o balanço de pagamentos dos país registrou déficit de US$ 778 milhões em agosto último – ante o ‘tombo’ de U$ 7 bilhões, em igual mês do ano passado, e de outro déficit, de US$ 3,605 bilhões, em julho deste ano – que configura o melhor desempenho para agosto, desde 2020, quando houve superávit de US$ 874,4 milhões.
Pela metodologia do Banco Central (BC), a balança comercial registrou saldo positivo de US$ 7,618 bilhões em agosto – bem acima dos US$ 2,6 bilhões, apurados em agosto de 2022 – decorrente de exportações de US$ 31,4 bilhões (alta de 0,8%, no comparativo anual), ante importações de US$ 23,8 bilhões (recuo de 16,8%, em igual comparativo).
Mediante déficit de US$ 2,9 bilhões no mês passado, a conta de serviços acusou redução de 23,2%, em relação a agosto do ano passado, no comparativo anual. De igual forma, a renda primária foi deficitária em US$ 5,642 bilhões, enquanto a conta financeira apurou saldo negativo em US$ 1,243 bilhão. Com uma queda de 48,5% no comparativo anual, a conta de transportes exibiu despesas líquidas de US$ 1 bilhão, devido ao recuo de gastos com fretes.
Despesas líquidas estáveis – No quesito viagens internacionais, as despesas líquidas somaram US$ 615 milhões – patamar semelhante ao de igual mês do ano passado – mediante aumento de 52,5% nas receitas (US$ 657 milhões), como também das despesas, que avançaram 21,1% (US$ 1,3 milhão). Com aluguel de equipamentos, por sua vez, as despesas líquidas atingiram US$ 794 milhões, o que corresponde a uma alta de 12,9%, ante agosto de 2022.
No acumulado do ano, até agosto último, o saldo em conta corrente apresentou ‘rombo’ de US$ 19,459 bilhões, além de um déficit de US$ 45,336 bilhões em 12 meses, o equivalente a 2,21% do Produto Interno Bruto (PIB), menor déficit em relação ao PIB, desde março de 2022, que também foi de 2,21% do PIB. Para este ano, o BC estimou um déficit em conta corrente de US$ 45 bilhões, conforme previu o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.
No que toca a lucros e dividendos, o balanço de pagamentos apurou déficit de US$ 3,891 bilhões no mês passado, com saída líquida de US$ 4,897 bilhões, ao passo que as despesas com juros externos totalizaram US$ 1,781 bilhão em agosto, acima do patamar de US$ 1,259 bilhão, verificado em igual mês de 2022. Neste quesito, o saldo acumulado no ano até agosto aponta déficit de US$ 30,270 bilhões e saldo negativo de US$ 18,077 bilhões, referente ao gasto com juros.
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