Economia
Juros altos derrubam confiança em 21 dos 29 setores ouvidos pela CNI
Patamar elevado da Selic (12,75% ao ano) é apontado como ‘vilão’ para resultado adverso
O impacto dos juros elevados (Selic a 12,75% ao ano, em queda lenta) sobre a atividade econômica e o crédito continua a ser o fator preponderante para a falta de confiança de 21 dos 29 setores industriais pesquisados pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) em setembro corrente, conforme divulgou, nesta segunda-feira (25) a Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Tal desempenho majoritariamente adverso sofreu influência, sobretudo, da passagem do patamar de confiança, em agosto, para falta de confiança, este mês, dos setores de veículos automotores, serviços especializados para a construção, produtos de material plástico, móveis e produtos de metal.
Em contraponto, a retomada da confiança foi verificada nos setores de manutenção e reparação, máquinas e materiais elétricos, madeira, impressão e reprodução, máquinas e equipamentos; celulose e papel; couros e artefatos de couro e calçados e suas partes.
Embora a confiança industrial tenha reagido favoravelmente à queda pontual dos juros (pelo Banco Central), a lentidão do afrouxamento monetário continua fazendo estragos no setor secundário da economia. Para o economista da CNI, Marcelo Azevedo, “a queda da confiança foi disseminada e intensa não só pela piora da percepção em relação ao momento da economia, como pela expectativa pelos próximos seis meses”.
Por regiões, o Icei revelou que a queda mais expressiva foi observada nas regiões Centro-Oeste (-2,9 pontos), Norte (-2,5 pontos) e Nordeste (-2,2 pontos) e, em menor proporção, nas regiões Sudeste e Sul (-1,3 e 1,2 ponto, respectivamente).
Por portes, a pequena indústria foi a que apresentou declínio mais substancial, de 2,3 pontos, indo 52,2 pontos para 49,9 pontos (de agosto para setembro), abaixo, portanto, da linha que separa confiança, de sua falta. Na média indústria, o recuo foi 1,8 ponto, enquanto na grande, este foi de 1,5 ponto.
Para chegar a esses resultados, o Icei consultou 1.988 empresas, das quais 778 de pequeno porte, 719 de médio porte e 491 de grande porte, no período de 1º a 13 de setembro deste ano.

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