Economia
Lula e Campos Neto se ‘enfrentam’ hoje (27) no Palácio do Planalto
Para a reunião, a pedido do presidente do BC, mandatário convocou Haddad
Protagonistas de ataques e contra-ataques recorrentes nos últimos meses, os presidentes Lula (da República) e Roberto Campos Neto (do Banco Central) se defrontam pessoalmente, em reunião prevista para o fim da tarde desta quarta-feira (27) no Palácio do Planalto, que deverá contar, como ‘testemunha ocular’, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
‘Bola de cristal’ à parte, o encontro – a pedido do dirigente monetário – promete ser tenso, tendo em vista a pressão crescente sobre o Executivo federal, no sentido de obter, mais rapidamente, resultados fiscais positivos, mediante elevação da arrecadação e contenção de gastos, o que não tem se verificado. Por parte do BC, por sua vez, tem-se mantido inalterada a posição de defesa em favor de um afrouxamento monetário lento, por meio de redução gradual da taxa básica de juros, a Selic.
Desde que assumiu a presidência, em janeiro, o supremo mandatário do país tem batido forte contra a política monetária contracionista (juros altos) do BC, como receita ‘mágica’ para a retomada do crescimento econômico, além de ‘pedir a cabeça’ de Campos Neto, a despeito de seu mandato constitucional à frente da instituição.
Na verdade, o ambiente favorável à reunião do Planalto só foi possível, em decorrência do início do corte de juros pelo BC. Durante o período de transição, no início do ano, a equipe econômica do novo governo teria tachado Campos Neto de ‘arrogante’.
Uma vez empossado, o presidente da República questionou, por diversas vezes, a necessidade de autonomia do BC, para, em seguida, descarregar ‘munição’ contra o presidente do BC, por manter a Selic no patamar mais elevado em seis anos.
A reunião Lula/Campos Neto ocorre, na verdade, poucos dias após a redução, em meio ponto percentual (de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano) da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a segunda seguida, com a perspectiva de que a taxa continue a ser reduzida, gradualmente, ao menos, até o final deste ano.
Com a abertura de duas vagas no colegiado, em dezembro último, Lula indicou para a diretoria, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, ‘troca de cadeiras’ que em nada alterou o cumprimento do mandato constitucional de Campos Neto, que se encerra apenas no final de 2024.

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