Economia
Prepare o bolso: cerveja no final de semana pode ficar mais cara neste estado
Novo projeto de lei pode aumentar o encargo sobre esse tipo de bebida alcoólica.
Já é tradição em diversas partes do país se reunir com os amigos para tomar uma cerveja na sexta-feira ou nos finais de semana. Nessas ocasiões, é possível botar a conversa em dia degustando a bebida bem gelada. Entretanto, esse costume pode começar a pesar no bolso dos moradores de um certo estado.
Em Minas Gerais (MG), as organizações relacionadas às fabricantes de cerveja temem que a cobrança do ICMS aumente consideravelmente sobre itens de caráter não essencial. Neste momento, a medida ainda está tramitando na Assembleia Legislativa da referida localidade.
Se o texto for aprovado em votação no segundo turno, o produto sofrerá um reajuste de 23% a 25% no tributo já citado, o que inevitavelmente terá que ser repassado ao consumidor final. Isso gerará um verdadeiro “efeito dominó” causado pela alta nos custos de produção.
Segundo Márcio Maciel, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, tal proposta foi denominada como “água no chopp”, uma vez que os empreendimentos do nicho investiram de forma pesada em Minas Gerais nos últimos tempos e seriam grandemente prejudicados com a decisão.
Capital brasileira dos bares seria fortemente prejudicada
Maciel alega entender que o governo estadual precisa equilibrar as contas públicas, de modo a não comprometer seu orçamento fiscal e assim manter a saúde dos cofres públicos. Entretanto, a liderança pede que o projeto pense no bem-estar de todos os envolvidos e não apenas atenda o setor cervejeiro.
Segundo ele, uma maior oneração dos tributos vigentes fará com que diversas frentes relacionadas à produção da bebida sejam bastante afetadas, lembrando que esse tipo de negócio alimenta uma cadeia direta e indireta de outras empresas. Maciel argumenta:
“Isso causa uma preocupação do setor, a gente entende que o estado precisa equalizar suas contas, mas a gente sente falta de um meio do caminho, vemos que o governo e parlamentares estão com a oportunidade, nesse segundo turno de votação, de tentar encontrar o meio do caminho que mitigue em parte esses impactos no consumidor e para indústria que emprega mais de 100 mil mineiros no estado, na sua cadeia, que vai do campo ao copo. Estamos falando de mais de 100 mil bares no estado, BH é capital do dos bares do Brasil. É todo um ecossistema que está sendo afetado.”
Por fim, o sindicalista prevê que, se o texto realmente obtiver aprovação e for implementado, o estado perderá sua competitividade em relação a outros produtores nacionais de cerveja localizados em São Paulo e Rio de Janeiro. Afinal, nesses lugares o ICMS cobrado já era menor, antes mesmo do reajuste que está sendo debatido na Assembleia.
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