Economia
‘Escalada’ dos Treasuries e ‘decolagem’ do dólar determinam alta forte de juros futuros
Enquanto que na ‘ponta curta’, taxa DI foi a 11,175%, na ‘longa’, esta subiu para 12,13%
A escalada de ‘novas máximas’ pelos Treasuries (papéis do Tesouro dos EUA), somada à ‘decolagem’ do dólar – alçado à cotação de R$ 5,15 – mais do que o ambiente interno, determinaram mais um dia de alta dos juros futuros na B3 (B2SA3), a bolsa brasileira, nesta terça-feira (3).
Como resultante, na ‘ponta curta’, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 avançou de 11,004%, no ajuste da véspera, para 11,175%; a do DI para janeiro de 2026 cresceu de 10,81% para 11,07% e a do DI para janeiro de 2027, passou de 11,02% para 11,30%. Também expressiva foi a elevação da ‘ponta longa’, em que a taxa do DI para janeiro de 2029 subiu de 11,50% para 11,77%, enquanto a do DI para janeiro de 2033 variou 12%, saltando de 11,88% para 12,13%.
A princípio, com indícios de baixa, pela manhã, as taxas locais voltaram a crescer, ‘turbinadas’ pela ‘aversão ao risco’, precipitada pelo relatório Jolts (relativo ao mercado de trabalho ianque), que apontou crescimento de vagas de 8,92 milhões para 9,61 milhões, na passagem de julho para agosto deste ano, nos Estados Unidos. Quase de imediato, o mercado passou a ‘apostar’ em peso na possibilidade de o Fed (Federal Reserve, o bc dos EUA) aplicar novo aumento de juros, até janeiro próximo.
Na avaliação do gerente de Renda Fixa e Distribuição de Fundos da Nova Futura Investimentos, André Alírio, a ‘resiliência’ da economia estadunidense tem contribuído para ampliar as preocupações ante o cenário de preços, alimentando altas históricas nos Treasuries e as curvas de juros, no mundo todo. “A dúvida é em que medida esse cenário que está precificado vai se materializar e qual será efetivamente a ação do Fed na política monetária. Isso vai se concretizar ou vão suavizar a retórica?”, questiona.
Na sessão de hoje (3), a taxa da T-Note de dez anos variou 4,80%, ao passo que a do T-Bond de 30 anos, na máxima, ficou próximo de 4,95%. Tal movimento ascendente acabou ‘contaminando’ o câmbio, pois o dólar no Brasil superou a barreira de R$ 5,15, no momento em que o preço do petróleo aumentou, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, admitiu que a estatal poderá reajustar os combustíveis antes do fim do ano.
Ao mesmo tempo, analistas da Levante Investimentos admitem que há ‘receios’ do mercado tupiniquim, no sentido de que o ciclo de cortes da Selic (taxa básica de juros) seja interrompido mais cedo do que o esperado, mediante o entendimento de que a baixa dos juros poderia desestimular a entrada de capital estrangeiro no país.
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