Economia
Vendas de veículos no país avançam 1,9% em setembro, no comparativo anual
Em relação a agosto, comercialização de unidades no mês passado caiu 4,8%
Ao contabilizar o montante de 197,7 mil unidades (carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus), as vendas de veículos em setembro corrente apresentaram alta de 1,9% em relação a igual mês do ano passado, mas queda de 4,8% ante o mês anterior. No acumulado do ano, porém, as vendas registram expansão de 8,5%, correspondente à venda de 1,63 milhão de veículos zero quilômetro.
Na avaliação da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o recuo, no comparativo mensal, decorreria de um efeito estatístico, em decorrência de um ‘calendário mais curto’ de setembro (menos dias úteis), ante agosto.
Pelo critério de média útil do mês passado, o volume de 9,9 mil veículos representa o melhor desempenho do ano, ‘perdendo’ apenas para julho, momento em que o mercado, incentivado pelo pacote de descontos federal, adquiriu 10,7 mil unidades por dia.
Como explicação para o crescimento das vendas da modalidade ‘zero quilômetro’ este ano, o resultado leva em conta uma base de comparação ‘fraca’, em razão das limitações de oferta em 2022, quando houve paralisação da produção pelas montadoras, por falta de componentes eletrônicos.
Já o comparativo mensal de vendas de agosto mostrou recuo ainda mais expressivo, de 13,16%, ante julho, de 153.478 veículos para 176.734, respectivamente. No acumulado do ano, agosto apresenta elevação de 9,22%, em comparação com o mesmo período de 2022.
Na verdade, o desempenho de vendas, no oitavo mês do ano, pode ser considerado ‘atípico’, devido ao encerramento do programa de descontos para compra de carros ‘sustentáveis’, em 7 de julho deste ano. Para o presidente da Fenabrave, Andreta Jr., a retração do setor, pelo fim do incentivo federal, ‘já era esperada’, o que demandaria a necessidade de criação de ofertas de crédito a longo prazo, como estímulo à indústria automobilística nacional.
“As medidas provisórias foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado, mas o resultado em agosto, agravado pela piora na oferta de crédito, já deixa clara a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo”, emendou Andreta Jr.
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