Economia
Custo da cesta básica cai em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese
Florianópolis foi a capital mais cara do país (R$ 747,64); mínimo deveria ser de R$ 6.280,93
Em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) houve queda de preço da cesta básica de alimentos em setembro último, ante o mês anterior, com destaque para Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,4%), e Campo Grande (-2,3%). Em contraponto, a cesta ficou mais cara em Vitória (3,1%), Natal (3%) e Florianópolis (0,5%).
De acordo com o Dieese, que divulgou os dados, nessa quinta-feira (5), Florianópolis foi a capital que apresentou o maior custo do indicador (R$ 747,64), seguida de Porto Alegre (R$ 741,71), São Paulo (R$ 734,77) e do Rio de Janeiro (R$ 719,92). Já os menores valores foram observados nas capitais nordestinas de Aracaju (R$ 532,34), João Pessoa (R$ 562,60) e Recife (R$ 570,20).
No comparativo anual, o preço da cesta básica recuou em oito capitais, que exibiram variações entre -4,9%, em Campo Grande e de -0,3%, em Porto Alegre. Em outras nove, houve carestia, com destaque para os percentuais de Fortaleza (3,1%), Natal (3%) e Aracaju (2,6%).
Se considerado o período acumulado no ano, até setembro, o custo da cesta básica registrou declínio em 12 capitais, em que as maiores variações em Goiânia (-10,4%), Campo Grande (-9,2%) e Brasília (-9,1%). Os maiores aumentos foram registrados em Natal (2,5%), Aracaju (2,1%) e Recife (0,9%).
Tomando por base a determinação constitucional de o salário mínimo ser suficiente para suprir as despesas da família de um trabalhador com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o valor do salário mínimo deveria ser R$ 6.280,93 ou 4,76 vezes o mínimo atual, de R$ 1.320,00.
Por itens, o preço da carne bovina de primeira recuou em 15 das 17 capitais pesquisadas, enquanto o do leite integral e da manteiga registraram queda em 14; o do feijão carioquinha ‘encolheu’ em todos os locais onde é pesquisado (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo); o do café em pó, reduziu em 13 das 17 capitais, e o da batata caiu em todas as dez cidades onde é pesquisada, no Centro-Sul.
Em outro exemplo, o preço do feijão tipo preto encareceu em quatro das cinco capitais onde é pesquisado (região Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo), assim como o do arroz agulhinha, que aumentou em 15 das 17 capitais pesquisadas.
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