Light pede à Justiça suspensão de execuções por mais tempo

A Light (LIGT3) protocolou na Justiça do Rio de Janeiro um pedido de prorrogação do “stay period”, período em que ficam suspensas as ações e execuções durante um processo de recuperação judicial, por mais 180 dias.

Levantamento do Estadão informa que o prazo vigente atualmente se encerra na próxima semana. O pedido envolve tanto a holding, empresa que efetivamente solicitou o processo de recuperação judicial, quanto as controladas de geração (Light Energia) e de distribuição (Light SESA).

De acordo com o periódico, com a petição, busca-se manter a proteção que foi concedida desde maio sob a justificativa de que as dívidas do grupo estão concentradas nestas empresas, mas a holding é garantidora dos débitos.

Por serem concessionárias de energia elétrica, as controladas não podem, por impedimento legal, entrar com pedido de recuperação judicial.

A ação LIGT3 encerrou o dia 6 cotada a R$ 5,42.

Light (LIGT3)

Vale lembrar que a Light tem mais de R$ 11 bilhões em dívidas e está em processo de recuperação judicial.

Em setembro, após a análise da capacidade de pagamento da concessionária, o grau de complexidade do trabalho a ser desenvolvido e os valores praticados no mercado para o desenvolvimento de atividades semelhantes, apontados nos indexadores supracitados, o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, reduziu o percentual proposto para fixar a remuneração do administrador judicial em 0,42% da base de cálculo apresentada, para pagamento em 48 meses.

Ele recomendou que sejam feitos ajustes em patamares mais próximos da realidade do caso, com a concessão de prazo mais extenso, para viabilizar o equilíbrio do seu fluxo de pagamentos e obrigações, e evitar maiores impactos em sua reorganização financeira.

O administrador judicial, por sua vez, já havia ratificado o percentual fixado, e alegava que a devedora possui capacidade financeira para honrá-lo, no prazo de pagamento para 48 meses.