Petrobras tem estratégia de preço defensiva em cenário bélico no Oriente Médio

A Petrobras (PETR3; PETR4) tem estratégia de preço defensiva em cenário bélico no Oriente Médio, segundo o CEO Jean Paul Prates, para quem o preço do petróleo vai sofrer volatilidade.

Para ele, a nova estratégia comercial da companhia vai ajudar a mitigar uma eventual disparada no valor dos derivados, principalmente do diesel.

O executivo participou de evento no Consulado da Noruega no Copacabana Palace, no Rio. “Provavelmente vamos ter mais volatilidade no preço, o que vai salientar de novo a utilidade política de preços que a gente tem colocado em prática junto com o governo federal”, destacou.

Prates elencou que o diesel pode sofrer aceleração, mas que é preciso acompanhar os acontecimentos. “Não tem que fazer mais do que a gentes está fazendo, tem que ir acompanhando os preços, principalmente do diesel, e ir se organizando”, acrescentou. “Isso não quer dizer que vamos fazer ajuste o tempo todo”.

A ação PETR4 encerrou o dia 9 cotada a R$ 34,95.

Petrobras (PETR3; PETR4)

Vale lembrar que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) negou provimento ao recurso interposto pela companhia e decidiu que seriam devidos Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) relativos aos lucros de uma de suas controladas no exterior referente aos anos de 2013 e 2014. Em vista disso, a estatal pretende recorrer.

Em nota, a Petrobras destacou que com a decisão, tomada mediante o exercício de voto de qualidade do presidente da Primeira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, débitos fiscais que hoje totalizam cerca de R$ 6,5 bilhões tornam-se definitivos no âmbito administrativo.

Também disse que avalia a adoção de medidas cabíveis, visando a defesa dos seus interesses, podendo entrar com embargos de declaração contra a decisão do Carf e também com a possibilidade de judicializar o caso.