Economia
Graças ao Pix, Brasil ‘salta’ da 35ª para a 21ª posição no Índice de Inclusão Financeira Mundial
Resultado consta do estudo de Centro de Pesquisas Econômicas e Empresariais do Reino Unido
Sucesso absoluto, aqui ou em qualquer outro quadrante do planeta, o sistema de pagamentos instantâneos, o popular Pix – ‘dínamo’ genuinamente tupiniquim, que promoveu, como nenhum outro, a aceleração do uso de pagamentos digitais – é o instrumento mais eficaz de inclusão financeira, aponta estudo elaborado pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Empresariais do Reino Unido, a pedido da Principal Financial Group, empresa estadunidense de serviços financeiros.
A reboque do avanço de 5,6 pontos – atingindo 47,3 pontos, de uma escala que vai até 100 – da inclusão financeira mundial, o Brasil saltou da 35ª para 21ª posição no Índice de Inclusão Financeira Mundial, de 2022 para 2023, em decorrência do desempenho do país no que toca ao volume de transações em tempo real, sobretudo, o Pix, em magnitude superior a todas as modalidades anteriores.
A arrancada de Pindorama no ranking internacional começou a se pronunciar mais, a partir da pandemia, quando cresceu exponencialmente a demanda por serviços digitais, no Brasil e no mundo, em compasso com o envio crescente de remessas de dinheiro, pelo meio virtual, para o pagamento de compras do dia a dia, alimentando, assim, a distribuição de recursos sociais.
Já para o G20, grupo que reúne as 20 maiores economias mundiais, a evolução mais célere da inclusão financeira tem sido incentivada pelo crescimento dos serviços financeiros digitais. Atestado inequívoco do avanço da inclusão financeira no planeta, o relatório destaca que os sistemas de pagamentos, considerados ‘rápidos’, que permitem transferências 24 horas, sete dias por semana e 365 dias por ano, estão presentes em mais de 100 países.
Desse universo de nações, o G20 cita, em especial, o caso do Brasil e da Índia, que têm em comum o fato de que a adoção do Pix foi ‘particularmente rápida e transformadora’, enquanto nos demais, tal processo ainda se encontra na fase inicial.
O grupo seleto atribui o desempenho excepcional dos dois países emergentes a fatores como, nome e marca atrelados à confiança no sistema financeiro; participação obrigatória dos grandes bancos (fundamental para a escala do serviço) e os baixos custos envolvidos na transação e a experiência padronizada dos clientes. “Os dados da conta para iniciar uma transação, são tão simples quanto um endereço de e-mail ou um número de telefone celular. A plataforma também usa ativamente códigos QR como canal de acesso”, acentua a publicação.
Outro quesito que teve peso no salto de posições do país, segundo o monitoramento do Principal Financial Group, estaria relacionado com a sensação de inclusão financeira, que avançou 17 pontos, assim como a regulamentação de defesa do consumidor.
Ao mesmo tempo, o estudo chama a atenção para desafios que persistem, uma vez que cerca de 1,4 bilhão de adultos continuam financeiramente excluídos, metade dos quais pertence a sete mercados emergentes e/ou economias em desenvolvimento. Como indicadores do relatório, são levadas em consideração ações dos governos, instituições financeiras independentes, privadas e empregadores que oferecem ferramentas, serviços e informação, de maneira a permitir maiores níveis de inclusão financeira.
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