Commodities
Novo ‘voto de confiança’ de investidor favorece alta do minério de ferro
Como reflexo, commodity valorizou 2,86% na bolsa de Dalian, e 2,59%, na bolsa de Singapura
A renovação de expectativas positivas de investidores, em torno do anúncio de um novo pacote de medidas de estímulo à cambaleante economia chinesa pelo governo de Pequim deu novo ‘fôlego’ às cotações futuras do minério de ferro, na sessão desta segunda-feira (16).
Ao alcançar a máxima em três semanas, a commodity negociada para janeiro próximo pela bolsa de Dalian (China) encerrou as negociações de hoje (16) em alta de 2,86% a 862 iuanes ou US$ 117,93 dólares a tonelada métrica, maior cotação, desde 25 de setembro.
Em ‘toada’ semelhante, o insumo siderúrgico para entrega em novembro, na bolsa de Singapura avançou 2,59% a US$ 117,25 a tonelada, valorização que pode indicar viés de crescimento do item no nível global e favorecer a demanda no Brasil.
Em contraste, o contrato com vencimento em dezembro próximo recuou 1,7% a 897 iuanes ou US$ 122,76 por tonelada, variação que traduz uma dinâmica própria desse mercado, que demanda uma análise mais acurada por parte de especialistas.
Informações iniciais dão conta de que as autoridades chinesas estariam ‘ignorando’ a pressão de queda dos cortes de produção de usinas siderúrgicas locais, em razão da compressão das margens de lucro.
Ao mesmo tempo, o banco central mandarim (PBoC) teria elevado o suporte de liquidez para o sistema bancário do país oriental, ao facilitar operações de empréstimo de médio prazo (MLF), no montante de 789 bilhões de iuanes.
Segundo analistas da Huatai Futures, em nota, “os preços permaneceram firmes, já que a oferta restrita de sucata de aço resultou em um consumo robusto de minério de ferro”.
Também contribuiu para melhorar o ‘clima’ do mercado, a redução, por cinco semanas seguidas, dos estoques da commodity, para 105,2 milhões de toneladas na última sexta-feira (13), nível mais baixo, desde junho de 2020, conforme atestam dados da consultoria Steelhome.
A nota negativa, todavia, seria o aprofundamento da ‘interminável’ crise imobiliária da China – maior fabricante de aço do globo – o que mantém a tendência de demanda deprimida, em que pese os estímulos de Pequim, acentuam, em nota, analistas do banco ANZ.
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