Ibovespa oscila depois de tocar 102 mil pontos, mas deve encerrar semana no azul

O Ibovespa continuava sem dar sinais claros nesta sexta-feira, novamente cortejando os 102 mil pontos, rumo ao término de uma semana no azul, na expectativa para a abertura da temporada de balanços.

Às 11:20, o índice de referência caía 0,25 %, a 101.657,85 pontos. O giro financeiro da sessão totalizava 6,4 bilhões de reais.

Em três semanas de avanço Ibovespa já acumula ganhos de 3,4%. Nesta mês, a alta acumula é de cerca de 7,5%.

“Mesmo diante de um noticiário – político e econômico – negativo, a B3 vem surpreendendo em outubro”, escreveu em relatório a clientes a equipe da corretora Planner.

Para os investidores, o nível bastante baixo da taxa básica de juros e previsões de que o pior das consequências da pandemia de Covid-19 nas empresas ficou para trás estimula a volta para as ações.

Em Wall Street, os mercados também estavam voláteis em meio a mais um dia de expectativas sobre mais estímulos fiscais, embora nenhum progresso nas negociações tenha sido reportado.

“A chance de aprovação de um pacote de estímulo antes da eleição presidencial está ficando mais distante. A discussão não tem avançado e existe resistência dos dois lados (democratas x republicanos) no Senado”, afirmou a Planner.

Destaques da manhã

BRADESCO PN subia 1,45%, dando algum suporte ao índice, em semana positiva para bancos com a série de balanços no setor começando na próxima semana. ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,89%.

PETROBRAS PN estava estável e PETROBRAS ON caía 0,29%, em dia ruim para os preços do petróleo no exterior. A estatal também divulga balanço na próxima semana.

AREZZO ON (fora do Ibovespa) saltava 10,48%, após informar que vai combinar negócios com a rede de moda Reserva, em transação de 715 milhões de reais.

VALE ON caía 0,76%, na esteira da queda dos preços do minério de ferro na China, com o setor de mineração e siderurgia na bolsa como um todo no vermelho. A companhia divulgará seus resultados na semana que vem.

QUALICORP ON recuava 2% novamente. Na véspera, a sede da empresa foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal em investigação que apura sonegação tributária e outros crimes.

JBS ON tinha queda de 2,09%, com o setor de proteínas perdendo na sessão, a despeito da alta do dólar ante o real. MARFRIG ON cedia 1,98% e MINERVA ON desvalorizava-se 0,53%.